Morte a esclarecer: óbitos por causas indefinidas têm alta de 18,3% em 2022 em MS

Investigação é responsável por apontar se morte ocorreu por motivos naturais, acidente ou homicídio

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morte a esclarecer
Perícia é responsável por levantar indícios que vão indicar causas da morte (Foto: Henrique Arakaki / Midiamax)

Casos de mortes a esclarecer são aqueles em que a causa da morte ainda não foi definida e necessita de investigação para apontar se o óbito ocorreu por motivos naturais, acidente ou trata-se de homicídio. Esse tipo de ocorrência registrou aumento de 18,3% nos primeiros cinco meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

Abril deste ano, por exemplo, já registrou 140 casos, número que ano passado correspondia a 76. Com o acumulado de 539 vítimas, em seis meses, o ano de 2022 já registrou metade do índice total contabilizado em 2021 que teve 1.076 mortes.

Os meses de janeiro e fevereiro deste ano também demonstram aumento nas ocorrências. Em 2021, foram 78 casos de morte a esclarecer, já em 2022 o número saltou para 120. No mês de fevereiro, o ano passado registrou 79 casos e neste ano o índice aumentou para 92. Em contrapartida, o mês de março deste ano apresentou queda em relação ao ano passado, com 86 casos comparados aos 111 registrados em 2021.

As estatísticas de abril apresentam 140 casos em 2022, número 84,21% maior que os 76 do ano passado. O mês de maio com 90 casos também registrou queda este ano, se comparado ao mesmo período do ano passado, que teve 102.

No ano de 2022, das 539 vítimas, 381 são homens e 129 são mulheres. O maior número de ocorrências registradas é na faixa etária adulta, com 230 registros. No ano passado, a maior parte dos casos também aconteceu com homens e pessoas da faixa etária adulta.

Casos registrados

A morte de Fernando da Silva e Souza, de 56 anos, ocorreu após um acidente de trabalho no Fort Atacadista que pegou fogo em Campo Grande e foi registrada como morte a esclarecer. O homem trabalhava para uma empresa terceirizada de reparos e sofreu um acidente de trabalho no dia 14 de março deste ano. Foi internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva) em estado grave com traumatismo cranioencefálico e morreu na Santa Casa no dia 17 de março.

Após sofrer um ataque de um enxame de abelhas na região do Zé Pereira, em Campo Grande, o idoso Teodomiro de Arruda, de 71 anos, morreu no dia 16 de janeiro. Segundo as testemunhas, o idoso estava tomando banho em um açude próximo a uma anilha de concreto com outras cinco pessoas quando um enxame de abelhas os atacou. O caso também foi documentado como morte a esclarecer.

O policial militar Douglas Alzamende Martins, de 37 anos, foi encontrado morto sobre a cama com parte da cabeça envolvida por um saco preto e amarrada com um fio no dia 27 de março de 2021, em Corumbá. A ocorrência foi registrada como morte a esclarecer.

Também registrada no mês de março de 2021, a morte de Leonida Freitas, de 48 anos, foi dada como morte a esclarecer. A mulher foi encontrada sem vida por vizinhos na Rua Dom Fernandes Sardinha, no Los Angeles, no dia 17. As investigações apuravam se o óbito estava relacionado às agressões que a vítima sofria do marido.

O cearense Carlos Magno Grangeiro de Queiroz, de 39 anos, foi encontrado morto dentro de um veículo Audi no dia 29 de março deste ano, na Vila Progresso em Campo Grande. Ele tinha um ferimento de bala na cabeça, próximo à nuca. De acordo com testemunhas, o carro descia a rua descontrolado, até bater e parar na Rua Salgueiro com a Rua Aguiar Pereira, na Vila Progresso.

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