Matheus Santos Carvalho, de 23 anos, morto em troca de durante a deflagração da Operação Expurgo, na manhã desta terça-feira (18), em , a 192 quilômetros de , era o guardião das armas da facção criminosa.

Quando os policiais chegaram a casa, Matheus, que estava armado, não obedeceu à ordem para se entregar e, então, ocorreu a troca de tiros. Matheus chegou a ser socorrido, mas morreu. 

Contra Matheus havia um mandado de busca e apreensão. Na casa, foram encontradas várias munições, um revólver, celulares, balança de precisão e R$ 110. Matheus tinha passagens desde 2016, quando ainda era adolescente, por tráfico de drogas.

Operação

Foram 26 mandados de preventiva e 25 mandados de busca e apreensão. Foi ainda cumprido um mandado de sequestro de imóvel, oriundo do crime de lavagem de dinheiro, avaliado em R$ 350 mil. Também foram realizadas buscas nas celas em presídios de Campo Grande e Três Lagoas.

Os principais membros estavam nos presídios. Foi requerida também a transferência dos integrantes para a penitenciária de Segurança Máxima.

Ao todo, a ação contou com a participação de dois promotores de justiça, 94 policiais civis, 11 policiais penais, 27 viaturas e apoio aéreo de helicóptero. Desde as 5 horas da manhã, policiais estão cumprindo os mandados na cidade.

A movimentação acabou assustando alguns moradores de Água Clara, que tem pouco mais de 14 mil habitantes.

Investigação

A investigação começou no fim de 2021 e durou sete meses, quando se apurou que o tráfico de drogas no município de Água Clara encontrava-se organizado e sob o comando de uma facção criminosa que comanda os presídios do Estado. A maioria dos traficantes da cidade integrava a referida organização, revendendo com exclusividade os entorpecentes fornecidos por ela. 

Prisões e apreensões

Foram 26 prisões, sendo três adolescentes apreendidos. Também foram apreendidos mais de 23 quilos de maconha, cocaína e crack. E a polícia encontrou R$ 20.722,00.

Houve apreensão de carros, motocicletas, celulares e munições. O valor aproximado do prejuízo gerado à organização criminosa é de R$ 600 mil.