Esperando por Justiça é que a família de Regiane Fernandes Farias compareceu ao julgamento de Suetônio Pereira Ferreira nesta quarta-feira (23), em Campo Grande. O crime aconteceu e janeiro de 2020, quando a florista foi assassinada em frente ao seu trabalho no Carandá Bosque. 

“Hoje ela não tem voz, mas a família tem”, disse a irmã Regislaine Fernandes ao Jornal Midiamax que ainda afirmou que a família desconhecia o relacionamento dos dois, e que todos ficaram sabendo sobre a existência de Suetônio no dia do crime. “Não fazia o menor sentido”, disse Regislaine.

Em depoimento durante o julgamento, Suetônio falou que tinha comprado a arma dias antes do crime, mas para cometer suicídio, e não para matar Regiane. Ele ainda disse que estava com depressão, mas que o casal estava de casamento marcado para abril de 2020, e que já tinham até viagem marcada de lua de mel em Maceió, mas o fato era desconhecido pela família da florista. 

Ainda segundo a irmã a Regiane, a irmã estava sofrendo ameaças, “Ela nos poupou por que não ficamos sabemos de nada”, disse Regislaine que ainda contou que ela estaria sendo coagida para não falar sobre o relacionamento, que segundo Suetônio, o casal estava junto há 1 ano.

Para a família, Suetônio premeditou o crime. “Esperamos que ele pegue a pena máxima”, disse Regislaine, que estava com vários familiares no julgamento de Suetônio.

Relembre o caso

O crime aconteceu por volta das 8 horas da manhã do dia 18 de janeiro de 2020, quando a florista chegava ao trabalho e o ex-namorado já estava a sua espera e armado. Um colega da florista contou que, quando a vítima chegou, o ex-namorado desceu do carro armado, momento em que ele colocou todos os funcionários que esperavam a floricultura abrir junto da mulher dentro de uma van, mas ela resolveu sair do veículo para conversar com o ex, que desferiu os tiros. Ela já teria sofrido violência doméstica por parte do motorista de aplicativo.

Foram ouvidos cinco disparos, sendo que a mulher teria sido atingida na região próxima ao pescoço e em seguida o homem teria desferido um tiro contra seu ouvido. Segundo o relato das testemunhas, o autor não aceitava o fim do relacionamento. Duas viaturas do Samu e dos bombeiros foram chamadas para o local. A arma usada no crime contra a florista, ferida a tiros pelo ex-namorado, foi um revólver calibre 44 e foi apreendida pela polícia.