A irmã e a namorada do jovem, de 19 anos, assassinato nesta segunda-feira (25), no Jardim Noroeste, negam que o rapaz teria estuprado uma criança de quatro anos, mas acreditam que a motivação seria por dívidas de drogas. O caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), pela tia da menina, que teria descoberto o abuso.
A irmã detalha que a mãe lavava roupas e o irmão almoçava no quarto, quando homens invadiram a residência e iniciaram os disparos. O rapaz foi morto com disparos na cabeça. A mãe teria entrado na frente tentando evitar a morte dele.
“Invadiram [a casa] e mataram meu irmão. Estão falando de estupro, mas ele não é estuprador. Ele é usuário de drogas, acho que devia. Ele escondia as coisas [sobre dívidas de drogas], o que me falaram foi que foi a mando de alguém da cadeia”, disse.
A namorada do jovem disse que estava reunindo a documentação para tentar comprovar a inocência dele. A tia, por parte de pai, teria buscado a criança para passear, na última terça-feira (19), e ainda permanece com a menina.
“Colocaram minha filha no meio dessa história, não sei porquê, mas meu marido não fez isso. Isso [crime de estupro] está sendo usado para despistar. Ele dava amor e carinho, chamava ele até de pai. Ela vai fazer o exame, nada foi provado”.
Suspeita de estupro
A tia de uma menina de 4 anos procurou na Deam, no domingo (24), após descobrir que a criança havia sido estuprada pelo cunhado. De acordo com o relato da tia na delegacia, ela estava dando banho na sobrinha quando a criança disse que suas partes íntimas estavam doendo. Nesse momento, a tia questionou o porquê da dor. A criança, então, revelou que o padrasto havia a tocado e a machucado.
A menina ainda disse que contou para a sua mãe sobre ocorrido, e a mulher teria dito que chamaria a polícia. Mas, segundo a tia da criança, nada foi feito.
Assassinado dentro de casa
O rapaz foi assassinado na frente da mãe, que gritava para não ter o filho morto, na Rua da Conquista, no Jardim Noroeste, em Campo Grande.
A perícia está no local do crime investigando. Vizinhos relatam que os suspeitos estavam em uma moto e um Volksgen Gol de cor preta, que fugiram em seguida.
Moradores ainda relataram que o rapaz mora com a mãe e o padrasto. A família chegou minutos antes para o almoço. O rapaz teria sido assassinado no quarto com vários tiros na cabeça. Uma dupla em uma moto e um no carro encostaram no portão da residência e adentraram.
Um vizinho detalhou que ouviu a mãe gritar: “Não mata meu filho”, em seguida cerca de 10 disparos. A mãe da vítima teria entrado na frente para tentar evitar o crime.