Em semana violenta, uma pessoa é assassinada a cada 24 horas em Campo Grande

Mulher morta em condomínio no bairro Chácara Cachoeira está entre as vítimas

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Montagem dos assassinatos em Campo Grande

A semana foi sangrenta em Campo Grande com pelo menos uma pessoa morta a cada 24 horas em vários bairros da cidade. Da noite de quinta-feira (28) até a madrugada desta sexta-feira (29) foram duas pessoas assassinadas a tiros e facadas. O lapso temporal entre os homicídios foi de 3 horas.

Os assassinatos começaram na noite do último sábado (23), na praça da Cohab quando Rodiney da Costa Rodrigues, de 31 anos, foi morto a tiros pelo amigo de infância, Ericky Alves que se apresentou a delegacia, na quarta-feira (27), onde prestou depoimento e disse que cometeu o crime após ser agredido pela vítima. Ele teria passado a noite escondido embaixo de uma ponte, na Avenida Guaicurus. 

Já na segunda-feira (25), um jovem de 19 anos foi assassinado a tiros dentro de casa na frente da mãe, no Bairro Jardim Noroeste. Vizinhos relatam que os suspeitos estavam em uma moto e um Volkswagen Gol de cor preta, que fugiram em seguida.

Um vizinho detalhou que ouviu a mãe gritar: “Não mata meu filho”, em seguida cerca de 10 disparos. A mãe da vítima teria entrado na frente para tentar evitar o crime.

Na terça-feira (26), Adriano Ferreira OCampos, de 34 anos, foi assassinado a tiros na frente do filho de 9 anos. O atirador ainda invadiu a casa atrás da irmã da vítima. A irmã de Adriano contou aos policiais que após a execução, um dos atiradores invadiu a casa e perseguiu a mulher dizendo para ela não correr. Mas, a mulher contou que se escondeu em um dos cômodos da residência e esperou até que os atiradores fossem embora.

A mulher ainda contou que assim que Adriano chegou os dois suspeitos na moto pararam ao lado. “Perdeu playboy, perdeu!”, gritaram. Assustada, ela correu com o sobrinho para dentro da casa, mas mesmo assim o menino ainda teria visto o crime. “Mataram meu pai”, gritou após os disparos.

Assassinada em condomínio de luxo

Andreia Aquino Flores, de 38 anos, foi morta dentro de casa em um condomínio de luxo, no Bairro Chácara Cachoeira, no início da tarde dessa quinta-feira (28). Ela era investigada pela tentativa de homicídio contra o ex-marido, um empresário de Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande

Conforme o registro policial, Andreia foi encontrada já sem vida, em cima da cama. A funcionária, que estava com a filha, contou que foi até o supermercado com o carro da vítima. Ela alegou que não se lembra se não trancou o carro, mas quando entrou no veículo os dois homens já estavam dentro e ordenaram que fossem até a casa da vítima.

Já na residência, os suspeitos amarraram a funcionária e a filha dela e levaram até um quarto da casa. Andreia foi levada a outro quarto. Momentos depois, a funcionária foi obrigada a levar os assassinos até o Tiradentes, onde saíram do veículo e liberaram a mulher, que voltou para a residência.

Executado com mais de 20 tiros

João Lennon Ferreira dos Santos, de 31 anos, executado com mais de 20 tiros, na noite dessa quinta-feira (28), em Campo Grande, no Bairro Jardim Canguru, era suspeito da morte de Willian Henrique Matos dos Santos, de 31 anos, conhecido como “Rosca”, assassinado em março deste ano.

Imagens capturadas por câmeras de segurança mostram o momento em que a dupla surge e efetua o primeiro disparo. Um dos criminosos chega a descer da motocicleta para continuar atirando.

Morto a facadas por dupla

Denis Eladio de Queiroz Baez, de 30 anos, foi assassinado na madrugada desta sexta-feira (29), no Bairro Jardim Campo Belo, em Campo Grande. O corpo foi abandonado embaixo de uma árvore.

O crime aconteceu por volta da 1 hora da madrugada, quando Denis estava em uma casa na Rua Claudio Manoel da Costa e no imóvel estavam outros dois homens e uma mulher. Ocorreu uma discussão entre os homens.

Em seguida, os dois autores armados com facas e foices desferiram vários golpes contra Denis, que tinha nove perfurações por todo corpo além de ter vários ferimentos na cabeça. Após, o assassinato os autores arrastaram o corpo da residência para debaixo de uma árvore.

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