Conselheira tutelar procura delegacia após confusão com militares por causa de adolescente

Os policiais estavam no conselho em busca da identidade do adolescente, quando a conselheira tutelar viu a condução e resolveu intervir

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Caso terminou na 2° Delegacia de Polícia Civil. (Foto: Arquivo, Midiamax)

Uma confusão entre policiais militares e uma conselheira tutelar terminou na delegacia na tarde desta sexta-feira (23), em Campo Grande. A conselheira teria desacatado os militares após tentar defender um adolescente apreendido em flagrante por furto.

Conforme a profissional, ela estaria trabalhando na unidade de assistência social no Bairro Monte Castelo quando a equipe policial chegou com o adolescente, buscando por informações.

Ela explica que, ao atender os militares, um deles teria jogado a criança em uma cadeira com força excessiva. “Jogaram a criança na minha sala como se fosse um bandido, foi assim que entendi”, disse a conselheira tutelar.

Ainda buscando entender a situação, a conselheira conta ter tentado dialogar com um dos policiais, que teria respondido de forma grosseira.

“Eu falei que a atitude dele cabia uma representação, ele saiu da sala e fui atrás dele para saber o nome. Assim, ele segurou nos meus braços. Eu estava ali protegendo [o adolescente], porque esse é o meu papel”, contou.

De acordo com o supervisor de operação da PM (Polícia Militar), tenente-coronel Rocha, a situação começou após os agentes receberam uma ocorrência de furto em comércio.

Após a apreensão em flagrante do adolescente, os policiais teriam ido ao conselho na tentativa de descobrir a identidade do adolescente. No local, os policiais afirmam não terem agredido o suspeito durante a condução.

“Tiveram todo um cuidado a integridade [do adolescente]. A Polícia Militar, mais do que nunca, está bastante atenta a esses procedimentos com crianças e adolescentes”, explicou Rocha.

Segundo os militares, a conselheira teria intervindo na ação dos militares ao acreditar que os mesmos estariam usando força excessiva contra o adolescente.

Por fim, a confusão resultou na fuga do adolescente apreendido. Por conta disso, a situação acabou na Delegacia de Polícia Civil, onde a conselheira representou contra os policiais e os militares alegram desacato.

O adolescente segue sem ser encontrado.

*Matéria editada às 20:35 para acréscimo de informações.

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