Comerciantes do bairro Universitário, região onde uma mulher foi morta a tiros nesta quarta (14), reclamam da falta de segurança. A maioria dos estabelecimentos foi furtada e populares pedem mais rondas policiais, próximo ao Terminal Rodoviário de Campo Grande.

Na última quarta-feira (14), uma mulher, identificada somente como Joice, foi assassinada no Universitário. Ela estava sentada na calçada, junto a um amigo, quando o motorista de um carro passou e efetuou os disparos, fugindo em seguida.

A população diz que a presença de usuários de drogas aumentou muito com o passar dos anos e dizem que à noite o perigo aumenta ainda mais. O gerente de uma loja localizada no Universitário disse ao Midiamax que o comércio em que ele trabalha já foi furtado pelo menos quatro vezes só em 2022.

“Aqui fica perto da rodoviária e é grande a quantidade de usuários de drogas. Durante a noite eles entram nos comércios para tentar furtar algo. Aqui já entraram quatro vezes em um ano. Tinha um morador que ficava na empresa com frequência, mas ele invadiu a empresa e levou vários objetos”, lamentou.

Quem trabalha na região reclama da falta de segurança. O funcionário de uma loja destaca que quase todos os comércios já foram furtados e pede para a polícia realizar mais rondas no bairro.

“Depois que a rodoviária veio para o bairro, o número de furtos cresceu. A presença de usuários de drogas só aumenta e nós temos receio. Aqui praticamente todos os comércios já foram invadidos”, disse.

Trabalhadores do terminal rodoviário dizem que o local está se tornando uma boca de fumo e pedem atenção da segurança pública.

“Já teve gente assaltada em um ponto de ônibus aqui na frente da rodoviária. É perigoso e os usuários estão fazendo da rodoviária um local de venda de drogas. Precisamos de mais policiamento”.

Outro comerciante, de 53 anos, disse que seu comércio já foi invadido duas vezes por ladrões. Os furtos durante a madrugada fizeram o empresário investir em segurança.

“Já entraram duas vezes e mesmo com serpentina um ladrão conseguiu invadir. A presença de usuários é constante e durante a noite eles tentam furtar para usarem drogas. Pedimos para a polícia dar um apoio para nós”, ressaltou.

Mulher assassinada

Uma testemunha informou que conheceu Joice há alguns dias e que estavam sentados em frente a uma reserva quando um carro Fiat Uno Vivace seguia pela Rua Desembargadora Marilza Lúcia Fortes e fez a conversão para entrar na Avenida Brigadeiro Thiago, diminuindo a velocidade.

O motorista do carro efetuou cerca de dois disparos, sendo que o segundo atingiu a vítima. Em seguida, Joice atravessou a avenida e caiu no chão. A testemunha disse que, há alguns dias, ela tinha confessado que estaria recebendo ameaças de morte de seu ex-marido, mas não disse o nome dele.

A vítima foi atendida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas já estava em óbito. A GCM (Guarda Civil Metropolitana) e Polícia Militar também estiveram no local, além da delegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).