PF prende 12 em ação contra quadrilha de ‘Cabeça Branca’ que movimentou R$ 4 bilhões
Em Mato Grosso do Sul foram três mandados, sendo dois em Campo Grande e um em Dourados
Arquivo –
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Foram 12 alvos presos na manhã desta quinta-feira (3) durante a deflagração da operação simultânea feita pela Polícia Federal, que cumpriu o total de 43 mandados de busca, apreensão e prisão. A operação foi contra a quadrilha ligada a Luiz Carlos da Rocha, mais conhecido como “Cabeça Branca”, considerado um dos maiores traficantes de drogas do Brasil.
As prisões ocorreram em Curitiba, Paranaguá e Florianópolis. As operações Sucessão e Fluxo Capital, em Campo Grande, cumpriram dois mandados de busca e apreensão, e em Dourados um mandado, onde foram apreendidos dólares e obras de arte. Em uma parede de uma casa, os agentes encontraram um esconderijo onde eram guardados os dólares.
Os agentes também cumpriram mandados em uma casa de câmbio ligada a ‘Cabeça Branca’, em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã. Segundo informações da Senad, as investigações revelam um esquema de pessoas físicas e jurídicas que recebiam grandes somas de dinheiro oriundo do tráfico de drogas e de outras práticas criminosas que eram feitas por meio de transações virtuais em diversos países.
Ainda de acordo com estimativas da Senad, essas remessas, que foram aplicadas em diversas movimentações de fachada, podem totalizar mais de US$ 2 milhões de dólares. O esquema de transferência de dinheiro ilícito envolveu operadores em diversas localidades, tanto do Brasil quanto do Paraguai.
Operações simultâneas
A operação Sucessão é um desdobramento da operação Spectrum, que acabou na prisão de Luiz Carlos da Rocha, mais conhecido como “Cabeça Branca”, considerado um dos maiores traficantes de drogas do Brasil. Foram cumpridas nesta quinta (3) medidas judiciais contra familiares do ‘Cabeça Branca’ que o ajudavam na lavagem do dinheiro de origem ilícita.
A Operação Fluxo Capital, por sua vez, tem por objetivo desmantelar organização criminosa responsável pela lavagem do dinheiro por meio de movimentações milionárias, com a utilização de “laranjas”, empresas de fachada e contadores.
As investigações mostraram que o grupo não se limitava à lavagem do dinheiro do traficante “Cabeça Branca”, tendo relação também com diversas outras organizações criminosas atuantes em território nacional, envolvidas em outros delitos além do tráfico de drogas.
Durante as investigações, descobriu-se a movimentação financeira de R$ 4 bilhões pelas empresas controladas direta ou indiretamente por apenas um dos investigados. Foram apreendidos aproximadamente R$ 12 milhões em espécie no curso das investigações. O controle da movimentação do dinheiro era feito por doleiros, donos de casas de câmbio, instalados no Paraguai.
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