Concedida liberdade à ‘benzedeira’ que exigiu R$ 8,3 mil para curar paralisia cerebral de criança em MS
Ela não pode se aproximar da vítima nem mudar de endereço sem avisar a Justiça
Arquivo –
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O juiz Jorge Tadashi Kuramoto, da Vara Criminal de Rio Brilhante, município distante 158 quilômetros de Campo Grande, concedeu liberdade provisória a Joana Darc da Silva, presa por estelionato depois de cobrar R$ 8,3 mil diante da promessa que iria curar uma criança com paralisia cerebral. Na decisão consta que ela está proibida de se aproximar da vítima, bem como deve manter a Justiça atualizada sobre os endereços para receber intimação.
A defesa havia recorrido da da prisão junto ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), alegando que a investigada é idosa, tem doença grave no coração e bons antecedentes. No entanto, o pedido havia sido negado. Ao reanalisar o caso, o juiz Jorge entendeu que apesar da ré estar envolvida em outras ocorrências policiais, não tem contra si nenhuma condenação e, neste sentido, tem condições favoráveis para responder em liberdade.
“Em que pese a repugnância do delito, em tese, cometido pela acusada, tenho que a liberdade provisória deve ser concedida.Não há dúvidas de que a conduta da requerente merece repressão severa, uma vez que supostamente usou da boa fé de uma mãe decriança com problemas de saúde, prometendo a cura em troca de valores em dinheiro e outros objetos”, disse.
Prisão
A mulher foi presa em fevereiro deste ano. Segundo consta nos autos, ela teria se passado por benzedeira, prometendo a cura para uma criança de seis anos de idade, com paralisia cerebral, e causou prejuízo de R$ 8,3 mil à mãe da criança. Consta que em agosto do ano passado, a mãe saiu em busca de uma pessoa que pudesse ajudar o filho dela.
A família reside no distrito de Prudêncio Thomaz, em Rio Brilhante. Foi lá que conheceram Joana, que prometeu a recuperação da criança. Aproveitando-se da fragilidade emocional da mãe, a mulher passou a exigir dinheiro. Ao todo, foram várias quantias que somaram os R$ 8,3 mil, mas que não trouxeram resultado. A autora foi denunciada e depois presa.
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