Com novo pedido protocolado no (Tribunal de Justiça de Mato Grosso dom Sul), a defesa do empresário Jamil Name tenta a transferência dele, que está intubado em um hospital de Mossoró, no Rio Grade do Norte, para qualquer capital do país referência no tratamento da Covid-19. Name está internado desde o dia 31 de maio, quando foi diagnosticado com coronavírus.

Segundo o advogado Thiago Bunning, “Fizemos o pedido e aguardamos uma decisão do Poder Judiciário. O desejo da família é transferi-lo para um hospital em alguma capital que seja referência no tratamento da Covid-19.” Ainda de acordo com o advogado, Jamil está em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e relatórios sobre seu estado de saúde não estão sendo repassados para a família.

“Nos negam informações atualizadas, nos impedem de ter acesso a ele”, disse Bunning. Jamil Name já havia sido vacinado contra o coronavírus, sendo a primeira dose aplicada em janeiro com a vacina Coronavac,e a segunda dose aplicada em fevereiro. De acordo com a defesa, Jamil está bastante debilitado.

Na última segunda-feira (31), ele foi levado com urgência para uma UPA onde chegou em estado crítico, com baixa saturação de oxigênio no sangue, precisando fazer uso imediato de oxigênio, sendo prontamente requisitada vaga em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).

Logo depois, ele foi transferido a um hospital particular, na qual as despesas estão sendo pagas pela família de Jamil. Na noite dequarta-feira (02), familiares de Jamil tiveram a informação de que ele teve que ser intubado.

Ainda de acordo com a defesa de Jamil Name, foi protocolado no dia 1º de junho, no STJ (Superior Tribunal de Justiça) pedido de prisão domiciliar ou internação, visando possibilitar sua transferência. Também está sendo verificado a transferência de Jamil Name para outro hospital de referência no tratamento da covid-19.

Omertà

Jamil Name foi preso na Operação Omertà, em 2019, que foi desencadeada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.

A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.