Acusado de participar de tribunal do crime do PCC, 5º integrante de facção é preso em MS

Outros 4 autores foram presos na manhã de hoje; vítimas passaram 3 dias em cativeiro

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O quinto integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), acusado de participar de tribunal do crime em Três Lagoas, cidade a 338 quilômetros da Capital, foi preso pela Polícia Civil nesta quinta-feira (7). A vítima conseguiu fugir após distração dos criminosos e acionou socorro.

O autor, vulgo “C4” foi encontrado numa residência localizada na Rua Bandeirantes, por volta das 11h de hoje. Ele foi levado até a sede do SIG (Setor de Investigações Gerais), onde confessou participação no crime, além de ser reconhecido pela vítima.

Segundo apurado, ele faz parte da organização criminosa e é natural da cidade de Santa Bárbara D’Oeste-SP. O autor, entretanto, afirmou não saber do paradeiro das outras duas vítimas, que estavam com o rapaz que conseguiu fugir.  Ele será encaminhado para o sistema prisional da cidade e responderá por sequestro e cárcere privado.

Outros 4 presos

Ainda na manhã de hoje, outros quatro integrantes foram presos pelos crimes de sequestro e cárcere privado, organização criminosa e tentativa de homicídio qualificado: vulgo “Robinho”, de 32 anos; um rapaz de 27 anos; vulgo “Fernandinho”, de 26 anos; e vulgo “Joãozinho”, de 23 anos. As vítimas passaram três dias em cativeiro até o julgamento do tribunal do crime, que ocorreria nessa quarta-feira (6). 

Segundo informações da polícia, os amigos eram moradores do estado da Bahia e estavam em Mato Grosso do Sul para trabalhar. No domingo (3), eles estavam com familiares em uma festa no bairro São João, sendo atraídos para uma casa que fica em frente a um campo de futebol.

Na casa, foram mantidos em cárcere sob a alegação de que pertenciam a uma facção rival, já que o tio de um deles teria postado uma foto em uma rede social fazendo sinal com as mãos indicando pertencer à facção rival, CV (Comando Vermelho). O trio negou que pertencesse à facção rival.

As vítimas foram amarradas e mantidas nesse primeiro cativeiro até a madrugada de segunda-feira (4). Depois, foram levadas para um segundo cativeiro, próximo, onde ficaram até a tarde da última terça-feira (5). E, por fim, seguiram até um terreno onde funciona um depósito de reciclagem — onde seriam executadas.

Mas, ao perceber a distração de um dos autores, uma das vítimas conseguiu fugir, pedindo ajuda. A polícia foi até a casa onde não encontrou ninguém, mas havia muito sangue e respingos nas paredes. Em diligências, os policiais acabaram prendendo quatro membros da facção, sendo que C4 estava foragido.

As outras vítimas não foram encontradas — acredita-se que teriam sido mortas e os corpos levados para serem desovados em outro local.

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