Os amigos sequestrados por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), na cidade de Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, passaram três dias em cativeiro até o julgamento do tribunal do crime, que ocorreria nessa quarta-feira (6). Uma das vítimas conseguiu escapar e acionar a polícia.

Segundo informações da polícia, os amigos eram moradores do estado da e estavam em para trabalhar. No domingo (3), eles estavam com familiares em uma festa no bairro São João, sendo atraídos para uma casa que fica em frente a um campo de futebol.

Na casa, foram mantidos em cárcere sob a alegação de que pertenciam a uma facção rival, já que o tio de um deles teria postado uma foto em uma rede social fazendo sinal com as mãos indicando pertencer à facção rival, CV (Comando Vermelho). O trio negou que pertencesse à facção rival. 

As vítimas foram amarradas e mantidas nesse primeiro cativeiro até a madrugada de segunda-feira (4). Depois, foram levadas para um segundo cativeiro, próximo, onde ficaram até a tarde da última terça-feira (5). E, por fim, seguiram até um terreno onde funciona um depósito de reciclagem — onde seriam executadas.

Mas, ao perceber a distração de um dos autores, uma das vítimas conseguiu fugir, pedindo ajuda. A polícia foi até a casa onde não encontrou ninguém, mas havia muito sangue e respingos nas paredes. Em diligências, os policiais acabaram prendendo quatro membros da facção, sendo que um quinto fugiu.

Foram presos pelos crimes de sequestro e cárcere privado, organização criminosa e tentativa de homicídio qualificado: vulgo “Robinho”, de 32 anos; um rapaz de 27 anos; vulgo “Fernandinho”, de 26 anos; e vulgo “Joãozinho”, de 23 anos.

As outras vítimas não foram encontradas — acredita-se que teriam sido mortas e os corpos levados para serem desovados em outro local.