Juiz nega pedido da defesa e mantém preso motoentregador que matou colega a tiros
Há duas semanas, no dia 13 de agosto, Emerson Salles da Silva, de 33 anos, era assassinado a tiros no local de serviço, em uma lanchonete na Avenida Mato Grosso. Preso pelo crime, Bruno Cezar de Carvalho de Oliveira teve pedido de revogação da prisão negado pela Justiça. Conforme o pedido formulado pela defesa de […]
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Há duas semanas, no dia 13 de agosto, Emerson Salles da Silva, de 33 anos, era assassinado a tiros no local de serviço, em uma lanchonete na Avenida Mato Grosso. Preso pelo crime, Bruno Cezar de Carvalho de Oliveira teve pedido de revogação da prisão negado pela Justiça.
Conforme o pedido formulado pela defesa de Bruno, a tentativa era de revogar a prisão preventiva. Isso alegando que a prisão foi fundamentada em uma suposta fuga, já que Bruno permaneceu foragido por 5 dias, até se apresentar na 1ª Delegacia de Polícia Civil.
Também foi apresentado que Bruno teria agido em legítima defesa e que tem trabalho e residência, além de ser primário, “pessoa educada, calma e de boa índole”. Até mesmo a informação de que ele está colaborando com as investigações e chegou a cursar 4 semestres de Direito foram alegações da defesa.
Decisão do juiz
Já o promotor Wilson Canci oficiou pelo indeferimento do pedido. Assim, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri negou o pedido da defesa de revogar a prisão. O magistrado pontua que a manutenção da custódia cautelar é necessária, pela caracterização do crime cometido.
Isso, somado ao fato de que Bruno, após atirar várias vezes contra Emerson, fugiu do local e ficou 5 dias foragido até se apresentar. Ainda é dito que Bruno teve a oportunidade de não atirar contra Emerson, já que a briga entre eles já tinha terminado. No entanto, ele buscou a arma e fez os disparos.
Além disso, ele teria comprado a arma 5 meses antes do crime e ainda a quantidade de tiros disparados por Bruno mostra a gravidade da conduta do acusado. Por isso, o magistrado afirma que o argumento de legítima defesa não deve ser acolhido nesta fase do processo. Então, é indeferido o pedido e mantida a prisão preventiva de Bruno.
Homicídio
Os colegas teriam brigado após Bruno faltar ao serviço na quarta-feira (12) e deixar Emerson trabalhando sozinho como entregador da lanchonete. Ainda conforme apurado pelo Jornal Midiamax, o autor do crime teria levado a motocicleta para arrumar e, por isso, avisou que Emerson trabalharia sozinho.
Assim, os dois já tiveram uma primeira briga, em que trocaram xingamentos. Já na noite do crime, Bruno estava conversando com um funcionário da lanchonete e perguntou se era Emerson quem iria lá. “Tomara que ele nem venha, se não ele vai ter o dele”, teria ameaçado o colega, momentos antes de Emerson chegar ao serviço.
Então, logo que Emerson chegou ele e o colega iniciaram a discussão e depois começaram a se agredir. Com isso os dois teriam trocado socos e ainda foram ‘apartados’ pelas pessoas que estavam ali, mas brigaram novamente. Foi então que o entregador sacou a arma de fogo.
Neste momento, ele fez os primeiros disparos e a dona da lanchonete implorava para que ele não matasse Emerson. Mesmo assim, ele deu mais um disparo na cabeça da vítima, que resultou na morte de Emerson.
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