Piloto que fez pouso forçado é investigado por clonar aeronave do narcotráfico
Foi identificado como Wadson Ranielly Fernandes, de 38 anos, o piloto do avião Cessna Aircraft, prefixo PT-KRE, que fez pouso forçado na manhã desta quarta-feira (10), em área pertencente à Cooperativa Coamo, em Dourados, às margens na BR-163, a 225 quilômetros de Campo Grande. Ele já foi alvo de operações da Polícia Civil e da […]
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Foi identificado como Wadson Ranielly Fernandes, de 38 anos, o piloto do avião Cessna Aircraft, prefixo PT-KRE, que fez pouso forçado na manhã desta quarta-feira (10), em área pertencente à Cooperativa Coamo, em Dourados, às margens na BR-163, a 225 quilômetros de Campo Grande. Ele já foi alvo de operações da Polícia Civil e da Polícia Federal por uso de aeronaves no tráfico de drogas.
Em 2017, durante desdobramentos da Operação Ícaro, a Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) prendeu Wadson e Wellington José Magalhães, seu braço direito, por envolvimento com narcotraficantes. Eles descaracterizaram aviões para emprego no transporte de entorpecentes, como forma de tentar despistar fiscalização policial.
Durante investigações na época, a Deco descobriu que uma aeronave que pertencia à empresa de Wadson, localizada no cruzamento da Avenida Fernando Corrêa da Costa com a Avenida Fábio Zahran, na capital, havia caído com drogas na Bolívia. Na ocasião, um dia após o acidente, ele chegou a registrar boletim de ocorrência alegando ter sido vítima de furto.
No entanto, mais tarde, percebendo que durante a apuração do suposto furto a Polícia Civil se aproximou da verdade, ele acabou clonando a aeronave, e disse que o avião misteriosamente havia sido recuperado. Ou seja, ele pegou os mesmos dados da aeronave que havia caído na Bolívia e inseriu em outra, a fim de despistar ligação com o tráfico. Ele chegou a ficar preso, mas foi solto meses depois.
Em 2019, foi alvo da Operação Teto Baixo, deflagrada pela PF para desarticular organização criminosa especializada no tráfico interestadual de cocaína. Foram cumpridos 106 mandados cumpridos no Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins e Roraima, expedidos pela Vara de entorpecentes e organizações criminosas da Justiça Estadual de Roraima.
Ainda não há informações sobre as circunstâncias do voo que resultou na queda nesta quarta-feira, mas a Deco irá investigar o caso. Apesar do acidente, Wadson não se feriu com gravidade, foi socorrido e encaminhado ao Hospital da Vida, em Dourados.
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