Força-tarefa quer verificar licença de 200 barracas do jogo do bicho em Campo Grande

A Força-tarefa que deflagrou a Operação Black Cat, no dia 23 de setembro, e fechou bancas do jogo do bicho, na 4º fase da Omertà, agora pede explicações a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) sobre os quiosques e bancas instaladas nas calçadas da cidade. Já foram fechadas pela operação 200 barras […]

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A Força-tarefa que deflagrou a Operação Black Cat, no dia 23 de setembro, e fechou bancas do jogo do bicho, na 4º fase da Omertà, agora pede explicações a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) sobre os quiosques e bancas instaladas nas calçadas da cidade. Já foram fechadas pela operação 200 barras de jogo do bicho.

Um documento enviado ao secretário da Semadur, Luís Eduardo Costa, solicita informações de como as barraquinhas do jogo do bicho estão instaladas nas calçadas se quem opera tem licença de funcionamento, e caso haja documentação a Força-tarefa ainda pede os dados dos donos das barracas do jogo do bicho.

Em documento enviado a Semadur, a Força-tarefa ainda lembra que o jogo do bicho é operado como um núcleo de uma organização criminosa com atuação complexa com inserção e influência no poder público, inclusive com envolvimento de extorsões e homicídios.

As barracas do jogo do bicho estavam espalhadas tanto na região central da cidade como na periferia. Algumas, inclusive voltaram a funcionar um mês depois da operação ter sido deflagrada sendo novamente lacradas pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros).

A operação Black Cat teve de ser antecipada depois do vazamento que correu em grupos de WhatsApp. No dia 23 de setembro, 15 pessoas flagradas fazendo apontamento do bicho foram levadas para a delegacia, onde assinaram um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), sendo liberadas em seguida.

Segundo apurado na época da operação, os responsáveis por comandarem a atividade ilícita de jogos de azar em Campo Grande estariam com intenção de vender o ‘negócio’. Assim, chegariam a lucrar algo em torno de R$ 60 milhões com a venda para os responsáveis pelo jogo do bicho no Rio de Janeiro.

Na primeira ação, uma barraca de jogo do bicho que ficava logo atrás da delegacia foi alvo, dois meses antes da deflagração da Black Cat. Assim, foi localizada uma espécie de central de recolhimento do bicho, onde funcionava uma oficina de fachada no Estrela do Sul. Naquele dia, um dos responsáveis teria passado no local após ser alertado e conseguiu fugir com o dinheiro. Mesmo assim, anotações e talões acabaram apreendidos.

O jogo do bicho movimentaria cerca de R$ 1,2 milhão por mês, servindo de base financeira para a organização, que com o dinheiro pagava seus integrantes envolvidos em diversos crimes.

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