Barbeiro que comprou casa com dono enterrado dentro por serial killer quer fazer ‘altar’

O barbeiro que descobriu na última sexta-feira (15) que havia um corpo enterrado dentro da casa em que morava, na Vila Planalto, em Campo Grande, não pretende deixar o imóvel. Na residência foi encontrado em um dos cômodos, o corpo de Flávio Pereira Cece de34 anos, que foi assassinado em 2015 pelo primo, o pedreiro […]

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O barbeiro que descobriu na última sexta-feira (15) que havia um corpo enterrado dentro da casa em que morava, na Vila Planalto, em Campo Grande, não pretende deixar o imóvel. Na residência foi encontrado em um dos cômodos, o corpo de Flávio Pereira Cece de34 anos, que foi assassinado em 2015 pelo primo, o pedreiro Cleber de Souza Carvalho de 43 anos.

Ao Jornal Midiamax, o barbeiro contou que não pretende deixar a residência e no quarto onde o corpo foi encontrado enterrado disse que vai colocar um piso de cor branca e fazer um local de orações, “Caim matou Abel e o sangue dele clamou a Deus”, disse o barbeiro.

Barbeiro que comprou casa com dono enterrado dentro por serial killer quer fazer 'altar'
Um altar será construído no local onde o corpo foi encontrado (Ranziel Oliveira, Midiamax)

Ele ainda relatou que nunca imaginaria que Cleber poderia fazer uma coisa dessas (assassinato), apesar do pedreiro ser conhecido na região por alguns trambiques, como desviar material de construção, das obras que fazia. O barbeiro ainda disse que conhecia três vítimas do serial killer, uma delas o ‘Cenoura’, Roberto Geraldo Clariano, que ia sempre na barbearia, e outras duas vítimas do mercado da região.

O barbeiro ainda contou que na época da compra da casa teria questionado Cleber e Frank se tudo estava certo, não desconfiando que Flávio já estivesse morto. Ele ainda disse que percebeu que o pedreiro teria enganado Frank durante o repasse do dinheiro da venda da casa e acabou repassando para Frank um valor a mais de R$ 2 mil.

Um aposentado morador do bairro contou que conhecia Cleber desde que o pedreiro tinha 10 anos, e sabia que ele era trambiqueiro, mas nunca achou que pudesse ser assassino. “Não esperava isso dele (Cleber), eu fiquei surpreso”, disse o idoso.

Prisão e mortes

Cleber, preso na madrugada desta sexta-feira (15), também teria se apossado dos bens de José Leonel Ferreira dos Santos, de 61 anos, e José Jesus de Souza, de 44 anos. Ele teria ficado com casas das vítimas.

José Jesus de Souza, de 44 anos, conhecido como Baiano, que teve o corpo encontrado na madrugada desta sexta, estava desaparecido desde fevereiro deste ano.  

Vítima, que também teve o corpo encontrado após horas de trabalho intenso das equipes nesta sexta foi o de Roberto Geraldo Clariano, de 48 anos, desaparecido desde junho de 2018, morto durante uma discussão no Recanto dos Pássaros.

Roberto teria sido contratado por Cleber para fazer um trabalho braçal com ele, e durante a briga foi morto com golpe do cabo de uma picareta na cabeça. Ele então foi enterrado em um terreno no Recanto dos Pássaros.

Já o idoso o idoso Hélio Taira, de 73 anos estava desaparecido desde novembro de 2016. Cleber fazia reforma na residência e, na ocasião, Hélio foi contratado para prestar um serviço de jardinagem, oportunidade em que se desentenderam.

O pedreiro então matou a vítima com pauladas, cavou buraco, enterrou o corpo e depois concretou o local, colocando piso. Por este motivo, o corpo não tinha sido encontrado até então.

Já Flávio Pereira Cece, de 34 anos, desaparecido desde 2015, era dono do imóvel onde foi encontrado enterrado. Ele era primo do serial killer Cleber de Souza Carvalho, de 43 anos, que segundo a polícia, matou o primo a pauladas o enterrou e vendeu a residência com o corpo de Flávio enterrado.

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