Polícia lacra hangar e apreende avião que funcionava com peças de carro
Durante a Operação Ícaro fase Rota Caipira, que terminou com a prisão de três homens na manhã desta quinta-feira, a Polícia Civil lacrou um hangar no aeroporto municipal de Paranaíba, a 407 quilômetros de Campo Grande, e apreendeu três aeronaves por manutenção irregular. Um dos aviões, inclusive, funcionava com peças de carro, colocando em risco a […]
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Durante a Operação Ícaro fase Rota Caipira, que terminou com a prisão de três homens na manhã desta quinta-feira, a Polícia Civil lacrou um hangar no aeroporto municipal de Paranaíba, a 407 quilômetros de Campo Grande, e apreendeu três aeronaves por manutenção irregular. Um dos aviões, inclusive, funcionava com peças de carro, colocando em risco a segurança de pilotos e passageiros.
Conforme apurado, ao investigar o roubo de uma aeronave ocorrido no dia 18, no aeroporto, a Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) descobriu que um fazendeiro de 67 anos, identificado como Nelson Pachet, fornecia combustível clandestino para abastecimento dos aviões no local. A partir da prisão dele, a polícia flagrou uma série de irregularidades.
Por este motivo, um hangar foi fechado e três aeronaves retidas. Os policiais constataram que uma delas era usada de forma completamente ilegal, com base nas determinações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), e tinha peças de carro. O sistema elétrico tinha componentes de automóveis, incluindo a bateria. Uma das asas estava cheia de gasolina, sendo que o combustível deste tipo de aeronave é o querosene.
A polícia explicou que o piloto usava o querosene para dar a partida e levantar voo. Já com a aeronave no ar, em rota de cruzeiro, quando o motor é menos exigido, ele mudava a distribuição de combustível e passava a fornecer gasolina. Apesar do poder de combustão menor, o motor continuava funcionando e, desta forma, economizava combustível. No entanto, poderia haver pane em qualquer momento.
Outra aeronave apreendida estava acidentada desde o dia 9 do mês passado, quando fez pouso de emergência na rodovia BR-158, entre Paranaíba e Cassilândia, e é suspeita de ter recebido peças paralelas, instaladas por meio de manutenção clandestina. A terceira aeronave estava sem prefixo e com todos os sinais identificadores raspados, o que levou a polícia à desconfiar da situação e fazer a apreensão. Os responsáveis vão responder pelo crime de atentado à segurança de voo.
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