Operação Omertà: guardas municipais presos são afastados e perdem armas
A Sesdes (Secretaria Especial de Segurança de Segurança e Defesa Social) afastou os quatro guardas municipais presos na Operação Omertà, que investiga o envolvimento deles em uma organização criminosa de milícia armada, supostamente chefiada pelos empresários Jamil Name e Jamil Name Filho. O afastamento de Alcinei Arantes da Silva, 35 anos, Igor Cunha de Souza, […]
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A Sesdes (Secretaria Especial de Segurança de Segurança e Defesa Social) afastou os quatro guardas municipais presos na Operação Omertà, que investiga o envolvimento deles em uma organização criminosa de milícia armada, supostamente chefiada pelos empresários Jamil Name e Jamil Name Filho.
O afastamento de Alcinei Arantes da Silva, 35 anos, Igor Cunha de Souza, 31, Rafael Carmo Peixoto Ribeiro de 36 anos e Eronaldo Vieira da Silva, 39 anos, foi divulgado pelo secretário Valério Azambuja, em coletiva com a imprensa na tarde desta quarta-feira (2), após receber do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) a formalização da prisão dos guardas municipais.
“Determinamos o afastamento preventivo por 60 dias e a suspensão do porte de arma de dois deles”, afirmou o secretário. Valério também ressaltou que a Corregedoria deve instaurar procedimento administrativo disciplinar para apurar a conduta e participação deles nos crimes.
“Após esse período de afastamento, vamos homologar e entregar para o prefeito que vai definir as medidas tomadas nesse caso”, disse Valério. As medidas vão desde uma suspensão até a demissão.
Sobre a Operação Omertà, Valério Azambuja disse que não admitirá envolvimento de servidores em crimes. “Temos mais de 1100 guardas e o fato de meia dúzia estar envolvida não pode manchar os nomes dos demais. Não vamos admitir em hipótese alguma o envolvimento de servidores nesse tipo de crime”, finalizou.
Operação Omertà
O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.
A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.
As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.
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