Justiça prorroga prisões de delegado e investigador suspeitos de execução

A 1ª Vara Criminal de Corumbá prorrogou por mais 30 dias as prisões preventivas do delegado Fernando Araújo da Cruz Júnior, titular da DAIJI (Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e do Idoso), e do investigador da Polícia Civil Emmanuel Contis, investigados pelo homicídio do pecuarista Boliviano Alfredo Rangel Weber, de 48 anos, morto no […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A 1ª Vara Criminal de Corumbá prorrogou por mais 30 dias as prisões preventivas do delegado Fernando Araújo da Cruz Júnior, titular da DAIJI (Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e do Idoso), e do investigador da Polícia Civil Emmanuel Contis, investigados pelo homicídio do pecuarista Boliviano Alfredo Rangel Weber, de 48 anos, morto no dia 23 de fevereiro.

Ambos foram presos a pedido da Corregedoria da corporação, por meio de ação entre a DEH (Delegacia Especializada de Repressão a Homicídio) e do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros). Fernando está recolhido no Garras e Contis está nas celas da 3ª Delegacia de Polícia, ambas as unidades em Campo Grande.

A dilação do prazo da prisão foi necessário para que a polícia pudesse juntar mais provas. Conforme já noticiado pelo Midiamax, testemunhas do caso, especialmente na Bolívia, se recusam a contribuir com as investigações porque temem represálias. O pecuarista foi esfaqueado por Fernando, foi socorrido, perseguido e morto a tiros dentro de uma ambulância.

O crime

A suspeita é de que Fernando Araujo da Cruz Júnior, tenha assassinado Alfredo Rangel Weber, após o mesmo ter cobrado uma dívida de Silvia Aguilera, esposa do delegado, durante uma festa na Associação de Pecuaristas de Puerto Suárez, na Bolívia.

De acordo com fontes do Jornal Midiamax, Alfredo teria sido sócio de Odacir Santos Correa, ex-barão do narcotráfico preso pela Polícia Federal na Operação Nevada, em 2003. Odacir, que atualmente cumpre pena de 14 anos por tráfico internacional de drogas, também seria ex-marido de Sílvia Aguilera, atual mulher do delegado e filha de Asis Aguilera Petzold.

Em fevereiro, quando foi assassinado, Alfredo teria encontrado Sílvia e cobrado uma dívida de seu ex-marido, Odacir. Ele teria ameaçado a mulher e o delegado teria intervindo e golpeado a vítima com três golpes de faca. Fernando teria armado, ainda, emboscada para interceptar a ambulância que transportava Alfredo à Corumbá, após piora em seu estado de saúde.

Conteúdos relacionados