Agentes da de , cidade a 428 quilômetros de Campo Grande, são acusados de entrarem em território boliviano, na cidade de Puerto Suárez, para levar e ouvir em solo brasileiro, de forma ilegal, uma testemunha de um crime que ocorreu em Corumbá.

A pessoa em questão teria testemunhado a execução do fazendeiro boliviano Alfredo Rangel Weber, de 48 anos, ocorrido na noite do último dia 23 de fevereiro em Corumbá. Uma filha do pecuarista também presenciou o crime. Alfredo foi esfaqueado em solo boliviano, em um encontro de pecuaristas durante uma briga.

Ele era levado por uma ambulância do Hospital San Juan de Dios para a Santa Casa de Corumbá, quando na rodovia Ramão Gomes, em território corumbaense, um homem interceptou a viatura, abriu a porta e matou Alfredo com quatro tiros. De acordo com o site Clave 300, o motorista da ambulância retornou para a Bolívia e não denunciou o caso às autoridades policiais do Brasil.

“O trabalhador municipal foi retirado de seu país sem que as autoridades bolivianas tivessem conhecimento do fato. Eles o levaram sem um tradutor, sem um advogado, e o mantiveram incomunicável das 09h até pouco depois das 14h daquele dia”, disse a coordenadora da defensoria pública de Puerto Suárez, Rexona Vaca. A defensora também disse que irá solicitar uma posição do governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores da Bolívia.

Leia a nota da PF ao site Diário Corumbaense

“A própria explicação dos fatos, retirada dos órgãos de imprensa, já demonstra a falta de atribuição da Polícia Federal, visto que, crimes de homicídio, salvo quando praticados contra servidores públicos federais no exercício da função não são investigados pela Polícia Judiciária da União. Desta forma, sequer existe investigação sobre estes fatos na Delegacia da Polícia Federal em Corumbá e policiais federais jamais teriam ingressado em território boliviano para realizar diligências da forma como foi retratado pelos órgãos de imprensa”, diz a nota da assessoria da PF.