Julgamento dura 14 horas e seis são condenados por decapitação de preso

Seis dos nove detentos que foram a julgamento pela decapitação de José Alécio dos Santos, de 35 anos, foram condenados. O crime aconteceu em fevereiro de 2017 no PED (Presídio Estadual de Dourados), a 225 quilômetros de Campo Grande, e deu início a um motim naquela penitenciária. Este foi um dos maiores julgamentos da história […]

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Seis detentos foram condenados (Foto: Dourados News)
Seis detentos foram condenados (Foto: Dourados News)

Seis dos nove detentos que foram a julgamento pela decapitação de José Alécio dos Santos, de 35 anos, foram condenados. O crime aconteceu em fevereiro de 2017 no PED (Presídio Estadual de Dourados), a 225 quilômetros de Campo Grande, e deu início a um motim naquela penitenciária.

Este foi um dos maiores julgamentos da história de Dourados. Nove detentos foram ao Tribunal do Júri e seis acabaram condenados. São eles Rogério Lourenço dos Santos, Claudinei Oliveira da Silva, Romildo Oliveira Lopes, Davidson Almiro Santos Oliveira, James Willian Rodrigues da Rocha e Gerson Nascimento de Andrade.

Os acusados responderão pelo crime de homicídio qualificado pela promessa de recompensa, pelo emprego de asfixia e pelo recurso que dificultou a defesa, conforme informou o site Dourados News. Outros três internos suspeitos de terem envolvimento no crime, Danilo Mauricio Souza Ferreira, Maycon Braga Prado e Everton Calixto Flores, foram absolvidos.

Até o momento não há informação da condenação de cada acusado. Todos eles já estão presos cumprindo pena por outros crimes.

Decapitação e motim

Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o crime aconteceu em 24 de fevereiro de 2017, entre 1h30 e 3h40. A investigação apontou Claudinei como o mandante do homicídio, que teria encomendado o crime oferecendo dinheiro aos outros detentos.

Julgamento dura 14 horas e seis são condenados por decapitação de preso
Armas artesanais foram apreendidas após o crime (Foto: Divulgação)

A negociação foi feita com Rogério, que cooptou os internos do bloco da PED em que estava. Já Romildo Oliveira se responsabilizou em fornecer armas artesanais para cometer o delito, que foram apreendidas. Na data do crime, Romildo e outros internos que estavam na cela disciplinar 10, se encontraram na cela 13, a mesma onde José Alécio permanecia preso.

Rogério usou uma corda artesanal para enforcar José Alécio, que morreu por estrangulamento. Após a morte ele ainda foi decapitado pelos outros detentos. No mesmo dia, com exceção de Claudinei e Romildo, os outros sete internos suspeitos de envolvimento no caso foram encaminhados para a delegacia. O grupo ainda fez um motim naquele presídio, que foi controlado momentos depois pela Força Tática da Polícia Militar.

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