Eduardo Dias Campos Neto de 35 anos era preso em 10 de agosto de 2017, exatos dez anos após assassinar a ex-mulher Aparecida Anuanny Martins de Oliveira, que tinha 18 anos na época. Após matar a jovem, ele ainda escondeu o corpo dela em um sofá-cama da casa e fugiu, sendo localizado em Porto Murtinho, a 454 quilômetros de Campo Grande.

O crime aconteceu no dia 6 de março de 2007. No dia, Aparecida saiu de Anhanduí e foi até a casa do ex, com quem tinha terminado relacionamento havia aproximadamente dois meses. Ela foi buscar o filho de 2 anos e nunca mais foi vista. Por três dias a família da vítima procurou a jovem, até que a mãe de Eduardo sentiu o cheiro que vinha de dentro da casa.

Foi a mãe do autor do crime quem localizou o corpo da vítima, escondido dentro do sofá-cama do quarto de Eduardo. A Perícia identificou sinal de estrangulamento no corpo de Aparecida. Na época, a mãe do rapaz chegou a dizer que ele “tinha ciúmes possessivo” e que não aceitava a separação e já tinha feito ameaças para a jovem.

Dez anos após o crime, durante investigações em conjunto entre a polícia paraguaia e brasileira, Eduardo foi encontrado em uma cidade de divisa com Porto Murtinho. O trabalho foi feito por agentes do Paraguai em conjunto com policiais da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) e SIG (Setor de Investigações Gerais).

O juiz Aluízio Pereira dos Santos da 1ª Vara do Tribunal do Júri decidiu, em março de 2018, que Eduardo vai a júri popular. Na sentença o magistrado entendeu que existem indícios suficientes para justificar o pronunciamento do réu. Ele deverá responder por homicídio qualificado por motivo fútil, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.

A data do julgamento já foi marcada para o dia 6 de setembro deste ano.