Réu por tentativa de homicídio diz que vítima era perigosa e comprou arma para se defender

Foi a júri na manhã desta quinta-feira (16), o pintor Jeová Ferreira Lima Filho, 39 anos, ele é acusado de tentar matar Edson Francisco no dia 2 de fevereiro de 2010, no bairro Danúbio Azul em Campo Grande. Durante julgamento, ele disse que havia sido ameaçado pela vítima anteriormente, e por saber que o mesmo […]

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Foi a júri na manhã desta quinta-feira (16), o pintor Jeová Ferreira Lima Filho, 39 anos, ele é acusado de tentar matar Edson Francisco no dia 2 de fevereiro de 2010, no bairro Danúbio Azul em Campo Grande. Durante julgamento, ele disse que havia sido ameaçado pela vítima anteriormente, e por saber que o mesmo “era perigoso”, acabou comprando a arma para se defender.

O réu contou que a vítima tentou por duas vezes matá-lo e que sempre o ameaçava. “Ele me ameaçava depois que houve uma briga entre parentes nossos por conta de um acidente de trânsito”, ele contou que depois disso em dezembro de 2009 a vítima alegou que ele havia mexido com a mulher dele, neste dia Edson atirou, segundo o réu, cinco vezes, sendo que acertou três tiros em Jeová, ele chegou a ficar internado, passou por cirurgia e foi liberado. Edson chegou a ser julgado pelo crime, mas foi absolvido.

“Depois disso comprei uma arma para me defender e ele começou a me ameaçar dizendo que ia terminar o que havia começado”. O acusado alega que comprou uma arma calibre 38 e pagou por ela a quantia de R$ 500. Questionado sobre ter registrado boletim de ocorrência sobre as ameaças, ele afirma que nunca procurou a delegacia para registrar os fatos.

No dia do crime ele conta que estava em frente a uma casa no bairro Danúbio Azul, quando a vítima chegou em uma moto. “Ele sacou a arma da cintura e começou a atirar, quando comecei a atirar também, nem vi que ele tinha sido atingido e fui embora”, diz o réu.

Duas vítimas prestaram depoimento em plenário, entre elas a própria vítima e sua esposa, que alegaram que tinham medo do réu que fazia ameaças e dizia que iria colocar fogo na casa deles. A vítima disse ainda que Jeová é famoso no bairro por portar arma e vender drogas. Porém durante depoimento, Jeová diz que a vítima também é conhecida no bairro por sua fama de “ser perigoso”.

A esposa da vítima disse ainda que após a tentativa, seu marido acabou ficando sem o movimento das pernas. “Ele trabalhava como mestre de obras e teve que deixar profissão. Após o crime ficamos com medo e tivemos que mudar de bairro”, afirma.

O réu já tem passagens por receptação, porte ilegal de arma de fogo, agora ele é réu por tentativa de homicídio doloso com recurso que dificultou a defesa da vítima.

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