Com cigarreiros presos, 2018 já supera últimos anos em volume de apreensões
A PMR (Polícia Militar Rodoviária) apreendeu na noite desta quinta-feira, na MS-141, trecho entre os municípios de Ivinhema e Naviraí, uma carreta carregada com 550 caixas de cigarros contrabandeados. Com esta apreensão a polícia contabilizou 292.319 pacotes de cigarros contrabandeados somente neste ano. Marca que superou o maior volume de apreensões já registrados desde 2016. […]
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A PMR (Polícia Militar Rodoviária) apreendeu na noite desta quinta-feira, na MS-141, trecho entre os municípios de Ivinhema e Naviraí, uma carreta carregada com 550 caixas de cigarros contrabandeados. Com esta apreensão a polícia contabilizou 292.319 pacotes de cigarros contrabandeados somente neste ano. Marca que superou o maior volume de apreensões já registrados desde 2016.
Mato Grosso do Sul é apontado como uma das principais rotas dos “cigarreiros”, que abastecem o mercado brasileiro com cigarros de fabricação paraguaia sem pagar impostos.
E as apreensões cresceram após a Operação Oiketicus, que colocou atrás das grades 29 policiais militares suspeitos de integrarem uma quadrilha para facilitar o contrabando.
Após a ação, as forças de segurança intensificaram a fiscalização e as apreensões aumentaram.
No dia 15 de maio, a Polícia Federal fez a maior apreensão de cigarros contrabandeados do país: foram tirados de circulação 11 milhões de maços, que estavam em 11 carretas. Para apreender essa carga, policiais da PF chegaram a cercar Ivinhema.
O caso
Por volta das 20h30 desta quinta-feira (17), policiais militares rodoviários receberam informações de que um veículo que estaria transitando pela rodovia estadual MS-141, era suspeito. Ao realizar a abordagem à carreta, uma Trator VOLVO, com placas de Maringá (PR), o condutor não foi localizado, mas no compartimento de carga do veículo foram localizadas aproximadamente 550 caixas de cigarros de origem estrangeira.
O veículo e carga foram removidos à sede da Receita Federal em Ponta Porã.
Cigarreiros em MS
Em maio deste ano, a ofensiva contra os “cigarreiros” ocorreu com a Operação Oiketikus, que contou com a participação de cerca 125 policiais militares e nove promotores de Justiça. Policiais militares suspeitos de participação no esquema entraram na mira com a prisão de mais de 20 agentes da corporação, só na primeira fase da ação.
No total, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso do Sul denunciou 28 dos 29 policiais presos durante as duas fases da operação Oiketicus, que investiga a atuação de policiais para garantir a livre movimentação da chamada “Máfia do Cigarro”. Ricardo Campos Figueiredo não entrou na lista pois está preso por obstrução de justiça, já que quebrou celulares que seriam levados como prova.
Os policiais denunciados pelo grupo são Admilson Cristaldo Barbosa, Alisson José Carvalho de Almeida, Anderson Gonçalves de Souza, Angelucio Recalde Paniagua, Aparecido Cristiano Fialho, Claudomiro de Goes Souza, Claiton de Azevedo, Clodoaldo Casanova Ajala, Elvio Barbosa Romeiro, Erick dos Santos Ossuna, Francisco Novaes, Ivan Edemilson Cabanhe, Jhondnei Aguilera, Kelson Augusto Brito Ujakov, Kleber da Costa Ferreira, Lindomar Espindola da Silva, Lisberto Sebastião de Lima, Luciano Espindola da Silva, Maira Aparecida Torres Martins, Marcelo de Souza Lopes, Nazário da Silva, Nestor Bogado Filho, Nilson Procedônio Espíndola, Oscar Leite Ribeiro, Roni Lima Rios, Salvador Soares Borges, Valdson Gomes de Pinho e Wagner Nunes Pereira.
A investigação teve início em abril do ano passado, quando a corregedoria da Polícia Militar repassou aos promotores denúncias sobre “rede de policiais militares, maioria da fronteira, envolvidos em crime de corrupção e organização criminosa”. Os promotores reforçam que militares de diferentes patentes e regiões do Estado se associaram para facilitar o contrabando.
Em troca, os militares recebiam propinas de até R$ 100 mil para fazer “vista grossa” e até repassar informações sigilosas aos contrabandistas.
Os mandados tiveram como alvo residências e locais de trabalhos dos investigados, distribuídos nos municípios de Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão, Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá.
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