28 policiais alvos da operação Oiketicus são denunciados pelo Gaeco
Denúncia foi recebida pela Justiça Militar
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
![](https://midiamax.uol.com.br/wp-content/uploads/2021/12/oiketicus.jpg)
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso do Sul denunciou 28 dos 29 policiais presos durante as duas fases da operação Oiketicus, que investiga a atuação de policiais para garantir a livre movimentação da chamada “Máfia do Cigarro”. Ricardo Campos Figueiredo não entrou na lista pois está preso por obstrução de justiça, já que quebrou celulares que seriam levados como prova.
Os policiais denunciados pelo grupo são Admilson Cristaldo Barbosa, Alisson José Carvalho de Almeida, Anderson Gonçalves de Souza, Angelucio Recalde Paniagua, Aparecido Cristiano Fialho, Claudomiro de Goes Souza, Claiton de Azevedo, Clodoaldo Casanova Ajala, Elvio Barbosa Romeiro, Erick dos Santos Ossuna, Francisco Novaes, Ivan Edemilson Cabanhe, Jhondnei Aguilera, Kelson Augusto Brito Ujakov, Kleber da Costa Ferreira, Lindomar Espindola da Silva, Lisberto Sebastião de Lima, Luciano Espindola da Silva, Maira Aparecida Torres Martins, Marcelo de Souza Lopes, Nazário da Silva, Nestor Bogado Filho, Nilson Procedônio Espíndola, Oscar Leite Ribeiro, Roni Lima Rios, Salvador Soares Borges, Valdson Gomes de Pinho e Wagner Nunes Pereira.
Os crimes apontados no documento datado de 4 de junho são de corrupção passiva, cuja previsão de pena é 12 anos de prisão mais multa, e organização criminosa que, segundo a lei 12.850/2013, pode ter pena de até 8 anos de reclusão.
A denúncia foi oferecida à Junta Militar, que, na próxima segunda-feira (18), irá se reunir para avaliar as denúncias e decidir sobre o início das ações penais.
Máfia dos cigarreiros
Em abril de 2017, a corregedoria da Polícia Militar denunciou sobre determinada “rede de policiais militares, maioria da fronteira, envolvidos em crime de corrupção e organização criminosa“. A situação foi confirmada pelos promotores que verificaram a associação de militares, de diferentes patentes e regiões do Estado, para facilitar o contrabando.
Segundo investigação, os policiais recebiam dinheiro em troca de facilitação, inclusive ao prestarem informações aos contrabandistas. Em algumas situações, as fiscalizações sequer eram feitas e as cargas de cigarro contrabandeado “passavam batido”.
Operação
A megaoperação contou com a participação de cerca 125 policiais militares e nove promotores de Justiça. Os mandados tiveram como alvo residências e locais de trabalhos dos investigados, distribuídos nos municípios de Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão, Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá.
Todas as cidades fazem parte da chamada ‘rota cigarreira’, que integra rodovias, estradas e cabriteiras usadas para transportar cigarros produzidos no Paraguai e vendidos ilegalmente nas ruas de cidades brasileiras a preços bem menores que os oficiais, por não pagar impostos.
Dentre os policiais militares presos, estão praças e oficiais. Após a realização dos procedimentos de praxe e eventuais lavraturas de autos de prisão em flagrante pela Corregedoria da Polícia Militar, serão encaminhados ao presídio militar de Campo Grande.
Patrimônio duvidoso
O caso mais gritante apontado pelos promotores foi de um cabo da PM lotado no 12º Batalhão de Naviraí que, segundo informações do Gaeco, recebia aproximadamente R$ 3 mil por semana, incompatível com o salário recebido pelos PMs, de R$ 4,4 mil.
O cabo, conforme apurado durante investigação, somava um patrimônio de R$ 7 milhões, valor muito maior que seu salário permitiria juntar. Entretanto, o policial utilizava uma concessionaria de carros como fachada para justifica o dinheiro percebido. Para Gaeco, a garagem servia para lavagem de dinheiro.
Notícias mais lidas agora
- Justiça mantém prisão de dupla por matar Pâmela queimada com gasolina em Campo Grande
- Morre travesti que teve 90% do corpo queimado após discussão em boate de Campo Grande
- Às vésperas de novo aumento da tarifa, Câmara sinaliza liberar milhões de reais ao Consórcio Guaicurus
- Prefeitura terá que aumentar tarifa do Consórcio Guaicurus sob pena de multa de R$ 50 mil por dia
Últimas Notícias
Motorista de carreta que provocou acidente com 39 mortes em MG usou drogas antes de dirigir
Ele foi preso preventivamente
De analista a mecânico automotivo, empresa de operação florestal abre vagas para Água Clara e Bataguassu
Inscrições devem ser realizadas até quarta-feira (22)
Sem medicamentos e com veículos quebrados, Bandeirantes decreta situação de emergência na Saúde
Secretaria de Saúde informou que está sem contrato para compra de medicamentos da atenção básica, remédios e materiais hospitalares
Compressor de ar pega fogo em oficina mecânica no interior de MS; ninguém ficou ferido
Uma grande fumaça se formou no local
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.