Falta de técnicos atrasou emissão de laudos

Após um mês das mortes do executivo Renato Bastos Ottoni, de 62 anos, e de sua ex-mulher Halley Coimbra de 38 anos, morta por Renato com três tiros, os laudos ainda não ficaram prontos, e o inquérito ainda não foi concluído pela delegacia de , a 338 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com a delegada que cuida do caso Leticia Móbis, a falta de funcionários para os registros dos laudos tem atrasado os trabalhos, que segundo a delegada só falta este detalhe para a conclusão do inquérito.

Segundo o site JP News, o IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) permaneceu três semanas sem técnicos para a emissão de laudos. No caso do casal, os laudos devem ficar prontos ainda nesta quinta-feira (15).

Suicídio

No dia 14 de janeiro, o corpo do aposentado estava dentro de um carro aparentemente com sinal de tiro na cabeça.

O corpo foi encontrado por uma criança de 8 anos e um jovem de 18, na região do Iate Clube de Castilho. A dupla contou à polícia que havia visto o automóvel no mesmo lugar na manhã do dia 15 de janeiro, porém, pensaram que o veículo estivesse atolado.

Na tarde de terça-feira (16) eles voltaram ao local, decidiram se aproximar do carro e encontraram o corpo do aposentado.

O carro estava travado e, para realizar a perícia, os policiais tiveram que estourar o vidro do passageiro e o teto solar.

Sobre a perna de Renato, foi encontrado um revólver que a polícia acredita ter sido usado para matar Halley. O corpo estava em estado de decomposição.Atraso de laudos emperra investigação sobre morte de executivo e ex-mulher

Relembre o caso

No domingo (14) por volta das 18 horas, a filha, de 15 anos, de Halley Coimbra, que estava no quarto da residência ouviu disparos de arma de fogo e a mãe, que estava na cozinha, pedindo pelo amor de Deus para seu ex-padrasto não fazer ‘aquilo'.

Foi quando a adolescente ouviu o terceiro disparo e ao chegar à cozinha percebeu que o portão tinha sido acionado e o autor estava fugindo em seu veículo. Outras duas crianças, de 3 e 6 anos, estavam na sala no momento do crime.

Halley foi morta com três tiros, sendo que um atingiu a cabeça e ficou alojado na nuca e outros dois nas costas da vítima. O casal estava separado desde setembro de 2017 e vinha em litígio por desacordos no valor da pensão dos filhos. Informações também são de que Renato Bastos Ottoni, de 62 anos, ex-gerente geral da fábrica de celulose no município, não aceitava o fim do relacionamento.

Um dos motivos da separação do casal seria a agressão de Renato a enteada de 15 anos, que teria registrado um boletim de ocorrência contra o padrasto.

A Polícia já havia emitido mandado de prisão contra Renato.