Mora na casa 666 e anunciou ‘ataque’ no Facebook

O agente patrimonial que ameaçou explodir o prédio da SAD (Secretaria de Administração e Desburocratização de Mato Grosso do Sul), na manhã desta terça-feira (18), já foi preso duas vezes por dirigir embriagado. Os processos datam de 2010 e 2016 e o servidor teve de pagar fiança para sair da cadeia. Em um dos procedimentos, consta que o apelido dele é “El Diablo” e que mora na casa 666.

A primeira ação indica que a casa do servidor estava situada em uma rua de Campo Grande, no número 51. Cinco anos depois, no segundo procedimento, a casa está na mesma rua, mas a numeração é 666.

No Facebook, o agente patrimonial fez postagens criticando o sistema de meritocracia do governo do Estado de Mato Grosso do Sul e avisou que “estaria no Midiamax”, já anunciando que praticaria um ato que viraria notícia. Nas postagens, ele também se identifica como satanista e reclama ‘de concessão feita a determinadas religiões’.

Servidor que ameaçou com bomba é chamado 'El Diablo' e já foi preso 2 vezesEm junho de 2010, o servidor foi preso após bater na porta do quartel do Corpo de Bombeiros, embriagado e pilotando uma motocicleta. Consta na denúncia que ele perguntou a uma militar onde ficava o 9° Batalhão da Polícia Militar.

A bombeira o aconselhou a procurar atendimento médico e acabou sendo ofendida por “El Diablo”. A militar solicitou reforços e o servidor foi preso, após confessar que havia bebido e ingerido bebidas alcoólicas. Para sair da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), teve de pagar R$ 400.

Na segunda ação, de junho de 2016, o servidor teria se envolvido em uma briga de trânsito e seguiu o outro motorista até um residencial. Ele invadiu o local, causando diversos prejuízos e só parou ao bater em outro veículo.

A polícia foi acionada e constatou que ele conduzia o veículo e com “capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool”. O servidor confesso ter bebido vodka com energético. 

Caso

O agente patrimonial responderá por ameaça após procurar o secretário de Administração Carlos Alberto Assis por volta das 7h30 desta terça-feira (18) no prédio da secretaria no Parque dos Poderes. Segundo servidores, ele estaria armado e com supostos explosivos colados ao corpo.

A assessoria de comunicação do órgão confirmou que Carlos Assis não estava no prédio no momento da abordagem, pois estaria em entrevista em uma rádio de Campo Grande. O agente falou com a recepcionista, que informou que o secretário não estava. Irritado e aparentemente sob efeito de drogas, o agente teria se irritado e levantado a camiseta, mostrando supostos artefatos explosivos e uma arma.

O servidor teria ido embora por conta própria. A Polícia Militar foi acionada e um boletim de ocorrência foi registrado na 3º Delegacia de Polícia em nome do servidor, já identificado, por ameaça.