Duas testemunhas foram dispensadas

Começa pouco depois das 8 horas desta quinta-feira (27) o julgamento de Queiroz, lutador de que matou Paulo Cezar de Oliveira a cadeiradas, em abril de 2015. O crime aconteceu em hotel de Campo Grande e é julgado dois anos depois, sob alegação do réu de insanidade.

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida irá presidir o júri e o julgamento ocorrerá com duas testemunhas de defesa a menos que o previsto inicialmente. Uma médica psiquiátrica de Florianópolis seria ouvida por videoconferência, mas alegou que não poderá participar e foi dispensada, além de outra testemunha de defesa que não foi identificada.

Também compõe a defesa um médico psiquiatra amigo de Rafael. A defesa do réu alega insanidade, fato apresentado em laudos médicos. Se decidido pelo júri que a alegação é válida, Rafael será considerado inimputável, incapaz de responder por si judicialmente por qualquer anomalia psíquica, cuja pena é de internação para tratamento psiquiátrico.

No entanto, um perito forense constatou que o rapaz seria semi-imputável, ou seja, que poderia responder parcialmente pelos próprios atos. Mesmo assim, neste caso a pena seria diminuída de um a dois terços.

Rafael aguardava julgamento preso preventivamente e será julgado pelo crime de homicídio, qualificado com agravante de crueldade, com recurso que dificultou a defesa da vítima.

Relembre o caso

Em 18 de abril de 2015, Rafael teve uma discussão com a namorada, em um dos quartos do hotel, e agrediu a jovem, que estava grávida de dois meses na época. Ela fugiu em seguida e Rafael saiu, arrombando as portas de outros quartos.

Paulo estava hospedado em um dos cômodos e foi agredido pelo lutador a golpes de cadeira, morrendo no local. A vítima estava na Capital a trabalho e o lutador tinha vindo para participar de uma competição. Rafael chegou a ser preso em flagrante e tentou fugir do cárcere.

(Foto: Rafael Martinelli | Arquivo Midiamax)