Mulheres debatem violência e estupro na Casa da Mulher Brasileira
“Cultura do estupro”
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“Cultura do estupro”
Com a finalidade de debater a violência contra as mulheres e a cultura do estupro, autoridades e movimentos feministas participaram da mesa redonda, no auditório da Casa da Mulher Brasileira, na tarde desta terça-feira (07). A secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Leyde Pedroso representou o prefeito Alcides Bernal durante a abertura do evento.
Convidadas como debatedoras a representante da Articulação de Mulheres Brasileiras, Ana Maria Gomes; representante da Marcha Mundial das Mulheres, Fernanda Reis e a representante das Mulheres Negras, Ana José Alves.
Leyde Pedroso cumprimentou a mesa em nome do prefeito Alcides Bernal e destacou todas as ações que a Prefeitura da Capital tem desenvolvido para combater o abuso contra as mulheres. “Estamos promovendo este evento motivados pela triste ocorrência com a menina de 16 anos no Rio de Janeiro. Casos como este também acontecem em Campo Grande. Nós temos o dever de debater assuntos como este porque sabemos como é difícil receber uma mulher vítima de violência aqui na Casa da Mulher Brasileira. Vamos ter este debate e todos os dias lutar contra todas as formas de violência contra as mulheres”.
De acordo com a presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, Iacita Azamor Pionti, a violência contra as mulheres não deve ser tolerada. “Todos os casos devem ser denunciados e os agressores punidos. As mulheres são agredidas em suas casas, no transporte público, estas situações não podem ser toleradas”, comentou.
Para a diretora-presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande, Ritva Vieira, o país está passando por uma crise moral e que as mulheres não devem se abater e continuar lutando por seus direitos. “As mulheres possuem um trajetória bonita de luta contra a violência. Vamos continuar lutando para defender nossos direitos e diminuir a violência contra as mulheres”.
A juíza da 3ª vara especializada em Violência Doméstica Contra as Mulheres, Jacqueline Machado disse que todo agressor deve ser julgado e a pena deve ser justa conforme determina a lei. “Quando uma mulher é violentada todas as mulheres são vítimas. As injustiças contra as mulheres devem ser combatidas e não podemos continuar num mundo de machismo onde as mulheres têm seus direitos violados”.
A coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Eloisa de Castro Berro fez um breve balanço das ações da Casa. “Nestes um ano e três meses, nós efetuamos mais de 1.300 prisões, expedimos 3.400 medidas protetivas. Também quero ressaltar o trabalho da Guarda Municipal que trabalha na Patrulha Maria da Penha que é um papel fundamental para nossos trabalhos. A Casa da Mulher Brasileira é referência nacional e temos a honra de realizar este evento para discutir nossos direitos e a cultura contra o estupro. A Casa trabalha por uma sociedade mais humana e para que o machismo não atinja a dignidade das mulheres”.
O evento contou com a presença da ex-secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra às Mulheres, Aparecida Gonçalves; representando o Ministério Público Estadual, Luciana do Amaral Rebelos; defensora pública estadual, Edmeiry Broch Festi; subcomandante da Guarda Municipal de Campo Grande, Micheli Carpesani.
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