Jovem sofre estupro coletivo no interior paulista
Suspeitos ainda não foram identificados
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Suspeitos ainda não foram identificados
Uma mulher de 18 anos foi estuprada por três rapazes na cidade de Araraquara, interior de São Paulo, no último sábado (23). A vítima foi ouvida pela Polícia Civil, mas ainda os suspeitos pelo crime ainda não foram identificados.
A jovem foi abordada por cinco homens quando esperava o ônibus no ponto, voltando de uma festa, no sábado à noite. Eles estavam em um veículo de modelo Civic, na cor prata. Segundo depoimento à delegada Meirelene Castro Rodrigues, da Delegacia de Defesa da Mulher em Araraquara, a vítima disse que foi levada para um matagal, mas não soube especificar a localização. A jovem foi estuprada por três dos cinco homens.
Os agressores a deixaram no local. A vítima conseguiu chegar a um ponto de ônibus próximo e retornar para sua casa. Na mesma noite, ela foi levada pela mãe a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e foi encaminhada para o Hospital Gota de Leite, onde passou por exames ginecológicos e tomou remédios para evitar doenças sexualmente transmissíveis.
O hospital avisou a Polícia Militar, que registrou boletim de ocorrência, o que possibilitou à Delegacia de Defesa da Mulher encontrar a vítima e começar a investigação do caso. A delegada explicou que, na segunda-feira (25), entrou em contato com a vítima, que estava muito nervosa. Seu depoimento foi colhido e foi feito exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), que confirmou o estupro.
Hoje ela foi ouvida novamente e conseguiu relatar os fatos com mais clareza. Até o momento, não há testemunhas e nem suspeitos, informou a delegada.
A quatro paredes
O número de estupros tiveram alta no estado de São Paulo nos seis primeiros meses do ano, em comparação com igual período do ano passado. Os estupros aumentaram 4,5% no semestre, passando de 4.532 casos em 2015 para 4.736, em 2016. Apenas em junho o crescimento foi 19,09%.
O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, disse não saber a razão da alta dos crimes de estupro no estado.
“Já me fizeram essa pergunta, e eu já disse que, a partir de agora, eu vou adotar a conduta de todo mundo que não sabe qual a razão, e fala: não sei qual é a razão. E eu não sei dizer qual é a razão, não sei qual são as causas do aumento do número de estupros”, disse na última segunda-feira (25) em entrevista coletiva na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), onde os dados criminais do estado foram divulgados.
Questionado se a falta de conhecimento das causas não prejudica o combate e a prevenção aos estupros, Barbosa disse ser muito difícil uma ação preventiva contra esse tipo de crime porque ele é cometido “a quatro paredes”.
“Os dados, estatísticas, mostram que até 81% dos crimes de estupros acontecem entre pessoas que se relacionam. Ou na relação afetiva, ou de amizade, ou de parentesco. A grande massa desses crimes é muito difícil de você evitar porque ele é cometido ali, a quatro paredes”, disse.
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