Com onda de assaltos e Jockey abandonado, moradores decretam toque de recolher
População se organizou para tentar se proteger de bandidos
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População se organizou para tentar se proteger de bandidos
Moradores do Bairro Paulo Coelho Machado, região Sul da Capital, reclamam da insegurança e contam que todos os dias, pelo menos três ou quatro assaltos acontecem na região. Comerciantes, mulheres e adolescentes são os principais alvos dos bandidos. Com medo da violências, os moradores estão evitando sair de casa à noite e criaram um grupo de WhatsApp para espalhar a informação de suspeitos circulando pelas ruas.
Mas os ataques não acontecem somente a noite. “Todos os dias. Toda hora. Não temos paz”, reclama a funcionária pública Regina Melo, de 52 anos. Seu filho de 16 anos foi assaltado às 12h40, quando ia para a escola. Segundo ela dois rapazes, de no máximo 16, levaram o celular do jovem. Entretanto são vários os casos que a mãe tem a contar de vários moradores do bairro.
“Eles escolhem jovens e mulheres para roubar celulares. E se o celular é ruim eles jogam fora e ainda batem nas pessoas. Uma moça apanhou no ponto de ônibus porque ela tinha um celular antigo”, conta Regina.
Entre os vários moradores que conversaram com a reportagem do Jornal Midiamax, estava Marlete Aparecida Ferreira de Souza, de 42 anos, filha do idoso de 68 anos que foi baleado na tentativa de defender o neto de um assalto ocorrido no dia 4 de novembro. “Meu pai ainda está internado em estado grave, em coma induzido. Não temos segurança”, declara ela.
Na tentativa de se protegerem os moradores criaram um grupo no WhatsApp onde trocam mensagens sobre atividades suspeitas pelo bairro. Mesmo que os assaltos estejam acontecendo em todos os horários do dia, os vizinhos estão deixando de sair quando escurece.
“Escureceu, ninguém mais tem coragem de sair. Na feira que acontece toda quarta-feira, o pessoal vai só enquanto está claro, à noite nem pensar. Se alguém vai sair, combina com outro para cuidar”, explica Regina.
Segundo uma professora que não quis se identificar, arrastões estão sendo feitos nos pontos de ônibus às 5h30. “Eles passam levando bolsas, celulares, carteiras”, conta a professora que teve o filho assaltado enquanto estava na frente de casa, na companhia de 2 amigos. “Levaram o celular dele e de outro. Um deles tinha somente a chave da casa dele e quase levaram a chave”, diz ela.
Outro ponto de insegurança é o Jockey Club que encontra-se abandonado e, segundo os moradores, estaria sendo utilizado por usuários de drogas. “Uma senhora veio caminhar no estacionamento do Jockey e foi assaltada. O bandido tentou estrangular a mulher, ela se machucou muito. Ela acabou se mudando daqui”, relata Regina.
Os moradores reivindicam segurança no bairro. “Precisamos de rondas policiais e um posto policial aqui. Estamos reféns de bandidos”, protesta ela. Segundo o comerciante Admir os policiais reclamam do abandono do estado. “Chamei a polícia e eles disseram que estão esquecidos pelo estado. O número de policiais é insuficiente, os salários são baixos e a estrutura não permite um bom atendimento”, conta ele.
A reportagem entrou em contato com a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) no final da última semana, questionando a existência de algum planejamento para ampliar o o policiamento na região, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.
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