Suposta bomba ‘antigovernador’ tinha pregos e teria sido feita por especialista

Polícia fará mais testes na semana para checar, por exemplo, eficácia do artefato

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Polícia fará mais testes na semana para checar, por exemplo, eficácia do artefato

Aproximadamente 30 centímetros. Este é o tamanho do artefato encontrado na manhã de sexta-feira (2) no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, sob a cadeira onde, no dia anterior, havia estado o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), no evento de posse do novo secretariado. Quem fez a suposta bomba caseira colocou pregos no objeto para potencializar eventuais danos.

A montagem de algumas partes de uma bomba podem ser aprendidas em consultas simples na internet, como em vídeos postado no Youtube. Porém, segundo levantamentos preliminares apurados pelo Jornal Midiamax, o dispositivo de acionamento da suposta bomba caseira achada no centro de convenções foi feito por alguém com um mínimo de conhecimento técnico.

Especialistas revelam que ainda não é possível concluir o que deu errado para o artefato não ter explodido. Sugerem, ainda, ser cedo para avaliar qual a real eficácia dele.

O que a policia sabe até o momento é que, dos quatro elementos essenciais para se construir uma bomba capaz de explodir, o artefato encontrado no Parque Poderes já deu positivo para dois. Havia pólvora e bateria, que poderia ser utilizada como fonte de alimentação com capacidade de acionamento de explosivo.

A suposta bomba foi construída com duas barras de cano de PVC, do tamanho de uma régua de 30 cm. Com um sistema de acionamento por tempo, ela tinha como fonte de energia pilhas comuns carregadas e estava envolta em fita plástica e cheia de pregos, o que leva os especialistas a acreditarem na participação de pessoal com certo conhecimento técnico.

No começo da próxima semana, o esquadrão anti-bombas do GBE/Bope (Grupo de Bombas e Explosivos do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) fará mais alguns testes no artefato para confirmar a eficácia da bomba e responder, por exemplo, se algo deu errado na explosão.

 O governador Reinaldo Azambuja disse na sexta acreditar que a bomba foi colocada no Palácio Popular da Cultura após sua cerimônia de posse, ocorrida na quinta-feira. Para ele, foi ‘um recado’ para gerar instabilidade e insegurança na nova equipe de governo. 

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