Ex-prefeito paraguaio estava escondido no Brasil há quase cinco meses
Vilmar tinha documento de identidade com outro nome e contava com ajuda de seguranças
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Vilmar tinha documento de identidade com outro nome e contava com ajuda de seguranças
O ex-prefeito da cidade paraguaia de Ygatimi Canindeyú, Vilmar Marques Acosta, conhecido como “Neneco”, foi preso na cidade de Caarapó, localizada a 273 quilômetros de Campo Grande. Ele estaria escondido no Brasil há cinco meses, depois que foi apontado como o responsável por mandar matar o jornalista Pablo Medina, do periódico paraguaio ABC Color, a estagiária e a irmã dela.
O crime ocorreu naquele país, quando os três sofreram o atentado e apenas a irmã da estagiária sobreviveu e acabou reconhecendo os autores. De acordo com a polícia daquele país, o crime foi provocado pelo irmão do ex-prefeito, que segue foragido.
A prisão de Vilmar ocorreu após um mês de investigação realizada pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. O caso foi apresentado pelos delegados Roberval Rodrigues, Claudineis Galinari e Sidnéia Tobias na DGPC (Delegacia Geral da Polícia Civil) na manhã desta quinta-feira (5).
“Quando houve a descoberta que Vilmar estava no Estado, iniciamos uma investigação intenção até descobrir o esconderijo dele, que era em Dourados. O movimento da residência onde ele estava, foi monitorado e todos os carros que estiveram por lá, foram fotografados e investigados”, explica o delegado geral de MS, Roberval.
Ele conta que houve campana de 24 horas e apoio do SIG (Serviço de Investigação Geral) de Naviraí, Iguatemi, Mundo Novo e Eldorado. “Ficamos no local sem cessar, até descobrir que um dos carros levou o foragido para Caarapó”, recorda e afirma que, “ele ficou na via pública a espera do irmão, que lhe daria dinheiro”, porém o parente não apareceu e houve o flagrante.
“Ele não reagiu à prisão e estava com um documento falsificado onde o nome constava como ‘Vilmar Marques Gonzalez’, sendo que ele é ‘Acosta’. Além disso, ele não contou como teria adquirido esta identidade”, fala Roberval.
Os delegados Claudineis e Sidnéia informaram a morte ocorrida naquele país foi porque o jornalista estava denunciando uma rixa antiga entre a família de Vilmar e uma outra. “Os Acosta’s são conhecidos por lá como narcotraficantes e os Nunes por contrabando, vira e mexe, acabam se matando”, revelam.
Com a prisão, ele foi encaminhado para a PF (Polícia Federal) de Naviraí, pois tem mandado em aberto pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). No Brasil, ele vai responder pelo crime de falsidade ideológica.
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