Ele vai para prisão domiciliar

Fabiano Viana Otero, deixou o IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) na manhã desta sexta-feira (2), às 11h37. Ele foi beneficiado após acordo de delação premiada e será encaminhado para prisão domiciliar, após permanecer no presídio por 100 dias. Ele foi detido sob suspeita de ser o mentor do escândalo sexual envolvendo os ex-vereadores Alceu Bueno e Robson Martins e o ex-deputado estadual Sérgio Assis.

De acordo com o advogado de Fabiano, Amilton Ferreira de Almeida, em audiência no dia 28 de setembro, ele fez pedido de prisão domiciliar e o juiz responsável encaminhou o caso ao Ministério Público, que opinou pelo deferimento da prisão domiciliar. O benefício foi acordado mediante delação premiada e Otero deveria ter saído do presídio há pelo menos 10 dias, conforme data estipulada anteriormente pela defesa.

Ainda segundo Amilton, o juiz pode diminuir ou até mesmo extinguir a pena de Fabiano a partir do depoimento prestado por ele. “Com novas provas, também pode haver pedido de prisão de outras pessoas envolvidas”, comentou o advogado, que preferiu não divulgar nomes.

O delator vai para um local de conhecimento apenas do juiz. “A partir do momento que ele vai para rua, a vida dele corre riscos. Esse local onde ele vai cumprir a prisão domiciliar é uma questão de segurança”, diz Amilton. Otero saiu do presídio conduzido por agentes penitenciários e não falou com a imprensa.

Relembre o caso

Robson Leiria Martins foi preso no dia 17 de abril ao ser flagrado no estacionamento de um supermercado extorquindo R$ 15 mil do então ex-vereador Alceu Bueno (sem partido, ex-PSL). O dinheiro seria para impedir a divulgação de vídeos nos quais Alceu aparecia praticando sexo com adolescentes.

O material seria parte de um esquema de exploração sexual das jovens, que registravam os encontros com figuras públicas em câmeras escondidas, para extorqui-los depois.

Após a revelação do caso, que chegou ao conhecimento da polícia, Alceu Bueno renunciou ao cargo de vereador. Além dele, o ex-deputado estadual Sérgio Assis (sem partido, ex-PSB) também foi indicado por favorecimento à exploração sexual no caso.