Bebê que nasceu no banheiro está em estado grave e família pede que julgamentos terminem

A menina está internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal da Santa Casa

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A menina está internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal da Santa Casa

O Jornal Midiamax não vai identificar a mãe do bebê, por isso, ela será chamada pelo nome fictício de Camila.

A bebê que nasceu na madrugada da última quinta-feira (5), no banheiro da UPA (Unidade Pronto Atendimento) da Vila Almeida em Campo Grande, permanece internada na Santa Casa de Campo Grande. Segundo familiares, a recém-nascida está estável, mas o estado ainda é grave.

A reportagem publicada no Jornal Midiamax, no mesmo dia em que o bebê nasceu, dividiu opiniões por conta das circunstâncias do nascimento: A mãe disse na UPA que não sabia que estava grávida. O bebê acabou nascendo dentro do vaso sanitário e o caso chegou ao jornal por meio de uma denúncia. Outra pessoa que estava na UPA viu o caso e afirmou que o tratamento dado a mulher não foi o mais adequado.

A família de Camila foi procurada pela reportagem e ainda abalada, preferiu não falar muito sobre as circunstancias do atendimento na UPA. Ela deu entrada suspeitando de crise de vesícula e diarreia, não informou gravidez, passou pela triagem e ficou aguardando o atendimento. Ela foi ao banheiro e o babe acabou nascendo. Segundo a denúncia recebida pelo Jornal Midiamax, após o nascimento, algumas pessoas fizeram fotos, mas foram coagidos a apagarem as imagens.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que no mesmo momento, em que a mulher deu à luz, os médicos da UPA atendiam a uma ocorrência grave de parada cardíaca. A gestante teria gritado pela mãe e os médicos que estavam na emergência salvaram o recém-nascido. A mãe e o bebê foram encaminhados à Santa Casa de Campo Grande.

As duas irmãs dela afirmam categoricamente que Camila e a família não suspeitavam da gravidez. Que ela estava fazendo dieta, perdeu peso recentemente e tomava remédios fitoterápicos para emagrecer, pois nem desconfiava que estivesse grávida.

As irmãs dizem que estão chocadas com a repercussão que o caso tomou e principalmente dos julgamentos que foram feitos de Camila. Tanto de pessoas na Internet, como profissionais de saúde que tiveram contato com ela, questionaram sobre como ela não suspeitava da gravidez. Segundo as irmãs, Camila nem entendeu no momento que tinha acabado de dar a luz. Porém, foi questionada sobre entregar o bebê para adoção e por que tinha abandonado a filha.

Nesta sexta, houve a possibilidade de Camila ter alta médica, mas não se confirmou. Ela ainda vai permanecer na Santa Casa. Camila já é mãe e segundo as irmãs e uma ótima mãe, uma ótima tia e a filha está sofrendo com a ausência dela. O desejo da família é que as fotos do nascimento não sejam mais divulgadas e que Camila não seja mais julgada pelo nascimento ‘confuso’ da filha e que não cogitou abandonar o bebê.

A Polícia Civil foi acionada o caso ser divulgado e foi registrado um boletim de ocorrência para investigar as circunstâncias do nascimento. Foi colhido material da mãe para que a polícia possa comprovar se Camila ingeriu alguma substância que poderia ter ocasionado o nascimento prematuro.

Agora, as irmãs dizem que família reza e pede que todos façam o mesmo para que a bebê fiquem bem, tenha alta e vá para casa, onde será muito amada.

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