Operação do Gaeco desmonta esquema de traficantes com carros de luxo na fronteira

Foram expedidos 21 mandados de prisão, além dos de busca e apreensão

Foram expedidos 21 mandados de prisão, além dos de busca e apreensão, para serem cumpridos na manhã desta quinta-feira (27), após uma investigação realizada no período de oito meses pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). A ação é contra o tráfico de drogas que acontecia em quatro estados brasileiros, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e São Paulo.

Ao menos oito mandados estão sendo cumpridos dentro de estabelecimentos penitenciários de Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo, de onde partiam as ordens sobre o tráfico de drogas. Os traficantes utilizavam carros de luxo e até mesmo caminhões-cegonha para não chamar a atenção da polícia quanto ao conteúdo que carregavam.

Crime

Por conta da fronteira seca entre Brasil e Paraguai, traficantes utilizavam veículos com placas de Ponta Porã e Coronel Sapucaia para transportar a droga e não serem notados pela polícia. Depois, o entorpecente era deixado em casas na cidade de Dourados.

De lá, veículos roubados de São Paulo e Goiás eram usados para fazer o transporte do produto ilícito. A entrega tinha destino o estado vizinho, Mato Grosso. A quadrilha contava com olheiros que circulavam pela estrada e também montavam base em meio à mata de alguns locais.

A ação era comandada por reeducando que utilizavam celulares dentro do estabelecimento penitenciário para coordenar os roubos de veículos, logística da droga e pagamentos a serem feitos a membros da quadrilha.

Prisão

A investigação começou após uma comparação de uma relação de prisões onde os crimes eram cometidos da mesma forma. Com isso, foi iniciada a operação que é articulada em Mato Grosso do Sul.

Neste período, já foram apreendidas oito toneladas de maconha e 20 pessoas já foram detidas. Parte do grupo chegou a ostentar nas redes sociais, por meio de fotos, móveis e imóveis adquiridos com o dinheiro do tráfico.

A operação também contou com escutas telefônicas autorizadas judicialmente para entender a dinâmica do crime. Nelas, inclusive, foram flagradas negociações de armamento e munições, como fuzil, .40, 380 e 45, sendo de alto poder de fogo.