Dilma vai inaugurar outra obra inacabada, agora em Recife

Dois dias depois de subir ao palanque para inaugurar o metrô incompleto de Salvador, a presidente-candidata Dilma Rousseff volta nesta sexta-feira ao Nordeste para sua agenda de inaugurações. Desta vez, Dilma viaja a Recife para cortar a fita inaugural da pista oeste da Via Mangue, via expressa que atenderá a Zona Sul da capital de […]

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Dois dias depois de subir ao palanque para inaugurar o metrô incompleto de Salvador, a presidente-candidata Dilma Rousseff volta nesta sexta-feira ao Nordeste para sua agenda de inaugurações. Desta vez, Dilma viaja a Recife para cortar a fita inaugural da pista oeste da Via Mangue, via expressa que atenderá a Zona Sul da capital de Pernambuco. Assim como o metrô da capital baiana, a obra será entregue à população inacabada – o trecho completo será inaugurado apenas em dezembro.

A agenda presidencial prevê que a presidente inaugure a via às 14h30. Ela deve estar acompanhada de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ou seja, a petista terá reforços para discursar na terra de Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à Presidência da República e ex-governador de Pernambuco.

No total, a Via Mangue terá 4,5 quilômetros de extensão. Sua entrega, porém, será realizada em três etapas: a segunda está prevista para o dia 16 deste mês, a terceira para setembro e a quarta, somente para dezembro. Com a abertura da pista oeste, a prefeitura de Recife acredita que 49% do tráfego de automóveis que atualmente circulam pela Avenida Engenheiro Domingos Ferreira migre para a Via Mangue. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a obra de 431 milhões de reis deveria ter sido entregue em dezembro do ano passado.

Na quarta-feira, Dilma aproveitou-se da inauguração em Salvador para proferir um discurso eleitoreiro. Durante sua fala, dedicou poucas palavras à obra que inaugurava e celebrou o legado do Mundial para o país, esquecendo-se das muitas obras de infraestrutura que não entregou, e das que o fez às custas de muito dinheiro desperdiçado. “As obras são para o Brasil. Durante esse mês serão usadas pela Copa, porque somos um país que sabe receber bem”, afirmou a presidente.

Dilma aproveita o conforto de eventos fechados para não se expor diretamente ao descontentamento popular. Nesta quinta-feira, a presidente foi alvo de vaias e xingamentos na abertura do Mundial no estádio Itaquerão, Zona Leste de São Paulo. Já temendo a péssima recepção, Dilma quebrou uma tradição recente da Copa e não discursou, tornando-se a primeira mandatária a ficar calada durante o evento em vinte anos.

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