Polícia conclui inquérito de mortes brutais, motivadas por vingança em Campo Grande

O que dá ibope nas novelas, como amores mal resolvidos, motivados por vingança e que resultam em crimes brutais, também são rotina na vida real. Na 2ª delegacia de polícia, na manhã desta segunda-feira (1), foi um dia destes em que até familiares de um morto foram ao local para ver o assassino e a […]

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O que dá ibope nas novelas, como amores mal resolvidos, motivados por vingança e que resultam em crimes brutais, também são rotina na vida real. Na 2ª delegacia de polícia, na manhã desta segunda-feira (1), foi um dia destes em que até familiares de um morto foram ao local para ver o assassino e a mulher que arquitetou a morte do seu companheiro.

No primeiro caso o crime ocorreu no dia nove de julho, no bairro Nova Lima, região norte da Capital. Com um amante há pelo menos dois anos, Marta Ferreira de Lima, 30 anos, planejou ter a casa e o carro de Leonídio Magalhães de Oliveira, 55 anos. Para isso, ela contou com a ajuda da irmã e o cunhado, pedindo a todo o momento para Matheus Neves, 21 anos, matar Leonildo.

”A irmã morava há duas quadras e ela pediu para a Roseli da Silva Alexandrina, 37 anos, e o Matheus, que é marido dela, para eles morarem na mesma casa. Lá ela deixou uma barra de ferro e ficava aliciando o Mateus a cometer o crime”, comenta o delegado Weber Luciano de Medeiros, responsável pelas investigações.

Mentora do crime chegou a distribuir cartazes com a foto da vítima, pedindo para que ele fosse encontrado

E naquele dia o crime aconteceu. Já morto, Leonildo foi levado para uma estrada vicinal pelo trio. Na ocasião, Marta e os comparsas lavaram toda a casa onde o crime ocorreu e depois, fingindo não saber de nada, ela ainda chegou a distribuir cartazes com a foto do marido, pedindo para que ele fosse reencontrado.

Recentemente foi feita a reconstituição e hoje, mesmo presa em caráter preventivo, ela nega o crime. “Peço perdão a todos os familiares que estão aqui, pois me arrependo muito. Mas digo a todo o momento que foi a Marta que me pediu para fazer isso. Ela queria matar o marido para ficar com o amante”, disse aos prantos Mateus Neves.

E os familiares de Leonildo acreditaram na versão dele. “Vi a mulher do meu filho apenas duas vezes, não sabia como era o relacionamento deles, mas sei que foi ela que induziu o rapaz. Ele é culpado, tem que pagar, mas quem planejou foi a Marta”, diz Luiza Magalhães, 74 anos.

Marta, Mateus e Roseli vão responder por homicídio triplicamente qualificado e ocultação de cadáver. Apenas Roseli não está presa por não ter participação direta no crime.

Após o primeiro caso, outro apresentação de um homem que matou o seu colega de trabalho motivado por uma traição. Sempre tentando reatar o relacionamento com a ex-mulher, com quem tem um filho de três anos, Ivan Cristaldo de Oliveira, 28 anos, foi traído duplamente, pela mulher e o homem que ele considerava o seu melhor amigo.

Autor do assassinato teve medo da população e esperou chegar na delegacia para confessar o crime

”Naquele dia eu fiquei com medo da população, já que tinha muita gente na frente da minha casa. Mas, chegando aqui na delegacia, iria confessar o crime. E antes Osnir tinha planejado algo, já que ele quis me levar até em casa com um estilete da empresa. Me decepcionei e por isso perdi a cabeça”, argumenta Cristaldo.

Durante as investigações e com o depoimento de familiares, a Polícia Civil descobriu que Osnir teria ficado com a ex-mulher e a irmã de Ivan. E o desfecho do crime foi rápido, já que no dia do crime, na rua Saigon, bairro Campo Novo, em Campo Grande, a perícia percebeu que a vítima não poderia ter cometido suicídio, pela posição em que Ivan colocou a faca logo após o crime.

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