Cada vez mais frequente em área urbana, gavião-carijó é espécie ousada e até serpente vira comida
Gavião é dividido em 12 subespécies reconhecidas, as quais inclusive levam a fama de “o pesadelo dos galinheiros”
Graziela Rezende –
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O nome mais conhecido é gavião-carijó, mas, o que não faltam são sinônimos para esta espécie: gavião-indaié, inajé, anajé, ripino, indaié, gavião-pega-pinto e pega-pinto. Cada vez mais frequente em áreas urbanas, é oportunista, ousado e vocaliza alto quando se sente ameaçado e quer “marcar território”. Nesta sexta-feira (24), o quadro “Ninhos e Abraços: descobrindo o mundo dos passarinhos” falará sobre o gavião mais abundante do Brasil.
O gavião-carijó é uma ave de rapina accipitriforme da família Accipitridae, possuindo 12 subespécies reconhecidas, as quais inclusive levam a fama de “o pesadelo dos galinheiros”. Todas são indispensáveis para o equilíbrio da fauna e o gavião-carijó não fica de fora, ou seja, evita a superpopulação de roedores e aves pequenas, como os pombos na região urbana, além de eliminar aqueles que são defeituosos e doentes.
Seu nome científico significa gavião sujo com bico grande ou falcão de bico grande, do grego rhupos e ornis o significado, respectivamente, é de sujeira; sujo e pássaro, e do latim, magnus que é grande e rostris que significa bico, de acordo com o Wikiaves, site dedicado à comunidade de observadores de aves.
Quais são as características do gavião-carijó?
Este animal mede entre 13 a 41 centímetros de comprimento, sendo os machos 20% menores que as fêmeas e também com o peso menor, variando entre 206 a 290 gramas e a fêmea com 257 a 350 gramas. Suas asas são largas e de comprimento médio.
Os gaviões imaturos geralmente são confundidos com outras espécies por conta da coloração marrom-carijó.
Já os adultos têm seus diferenciais como a ponta do bico sendo negra e com base amarelada, em fase de amadurecimento a cabeça e a parte superior das asas são amarronzadas, mas, tornam-se cinza.
Alimentação, reprodução e hábitos
O gavião-carijó consome insetos, aves, ratos e lagartos, morcegos e até serpentes. A jiboia também é um de seus predadores. No caso da reprodução, as fêmeas são diferentes das outras aves, em vez de ter apenas o ovário esquerdo, elas apresentam os dois ovários desenvolvidos, depositando, em média, dois ovos que geralmente são manchados e com cores variáveis.
Durante o período de um mês, o macho alimenta sua parceira. O ninho na maioria das vezes é feito no topo de uma árvore grande. Os casais podem se tornar agressivos e atacam até seres humanos quando estes se aproximam do seu ninho.
Sobre a distribuição geográfica e hábitos, pelo motivo de outras aves de rapina maiores do que sua espécie serem escassas nos centros urbanos, o gavião-carijó se adapta melhor ao ambiente e tem uma maior oferta de presas. É uma das espécies mais comuns em todo o Brasil, habita ambientes variados e acaba sendo mais raro nas áreas densamente florestadas. Costumam voar em casais enquanto fazem movimentos circulares e vocalizam em dueto.
O que é uma ave accipitriforme?
A ordem desta ave é composta por uma vasta variedade de rapinas diurnas, que em geral possuem bicos fortes e garras afiadíssimas que utilizam para capturar suas presas, além de terem a visão aguçada e serem capazes de localizar seus alimentos a grande distância.
Sua expectativa de vida é bem elevada, sendo em média de 15 a 30 anos (na natureza). Em geral, as fêmeas são maiores e mais pesadas que os machos e diversas espécies seguem relações monogâmicas.
Geneticamente são distantes dos falconiformes, logo a ordem composta pelas famílias é de sagittaridade, pandionidae e accipitridae. Considerada uma série de aspectos morfológicos, ecológicos, entre outros, os accipitriformes brasileiros são divididos em oito grupos.
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