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Polícia

Mais um: funcionário é demitido e acusa academia famosa de homofobia e assédio em Campo Grande

Situação é semelhante ao caso de um professor de musculação que pede uma indenização de R$ 400 mil à academia
Adriel Mattos, Lívia Bezerra -
Troca de mensagens entre os líderes. (Reprodução: Fala Povo)

Um segundo funcionário que acusa a administração de uma famosa de de homofobia e assédio também foi demitido nesta semana. A situação é semelhante ao caso de um professor de musculação que entrou com um processo trabalhista e pede uma de R$ 400 mil à academia. 

O caso de assédio moral, homofobia e retaliações por parte de superiores veio à tona no último sábado (17), após o professor entrar com o processo contra o estabelecimento e isso terminar em demissão. Na ocasião, a gerente envolvida no caso foi demitida dias depois do desligamento do professor.

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Já nesta sexta-feira (23), quase uma semana depois, uma nova denúncia chegou ao Jornal Midiamax. A denúncia relata que superiores questionaram o funcionário sobre o motivo de estar sentado. Depois, ordenaram que ele ficasse em pé.

No entanto, no dia seguinte, o grupo demitiu o colaborador da academia. “A gente não pode ficar sentado, em todas as outras unidades podem, somente nessa que não”, revelou um denunciante.

Troca de mensagens sobre colaboradores

Assim, em meio à demissão, o funcionário descobriu trocas de mensagens entre os líderes da academia, comentando sobre alguns colaboradores. “Calma. Não ameaça seu colaborador. Passa ‘ky’ e enfia devagarinho, ele não sente e ‘vc’ não toma um processo trabalhista”, diz um dos superiores. 

(Reprodução: Fala Povo)

Já em outra mensagem, outro líder afirma que vai desligar tal funcionário e diz: “Que guri idiota rapaz”. 

Além disso, a denúncia que chegou ao Jornal Midiamax indica que os colaboradores da academia não têm intervalo e não possuem um ambiente adequado para descanso. Em uma conversa enviada, um superior diz que a pessoa que quiser descansar no intervalo deve sair da academia ou ir para a cozinha. 

O Jornal Midiamax acionou a academia acerca dos fatos e a mesma informou que “não tolera nenhum tipo de desrespeito humano, muito menos o que pode ser enquadrado como um crime”. Também, explicou que entende que “as acusações devem ser devidamente apuradas, que o franqueado responsável pela unidade onde os fatos teriam ocorrido possa dar explicações para que as devidas medidas sejam adotadas”.

O espaço segue aberto para manifestações futuras.

Professor teve que fazer exercícios na frente dos alunos como punição

Ao Jornal Midimax, o professor de musculação contou no último sábado (17) que sempre sentiu um tratamento diferenciado da chefia, mas tudo ficou pior quando ele denunciou uma aluna da academia pelo roubo de uma garrafa d’água.

“Além de eu ter sido roubado, eu não tinha o direito de ir atrás do meu objeto roubado, porque o ‘cliente tem sempre a razão’, de certa forma ia trazer ali um negócio negativo para a academia. Eu fui praticamente obrigado a ficar calado. Eu consegui recuperar a garrafa, e aí depois disso eu senti que as coisas pioraram muito”, relatou.

Ele ainda falou que, um dia, chegou atrasado e os responsáveis o obrigaram a fazer exercícios na frente dos alunos como punição. Além disso, ele descobriu as retaliações após precisar usar o computador da gerência, depois de um problema na internet da academia.

Professor descobriu o que falavam dele. (Fala Povo, Jornal Midiamax)

“Quando eu vi, o computador estava ligado — só estava desligado pelo monitor — e a conversa estava aberta com o chefe dela, que é o diretor de operações da academia. Aí eu pude constatar tudo aquilo que eu sofri durante todo esse tempo”, diz à reportagem.

“Ela usava termos como ‘viadinho’, como ‘vagabundo’, como ‘mau-caráter’, ela bolava um plano para que eu me desestabilizasse e pedisse as contas; ela até chegava a comentar que ela ia me aplicar advertências com o intuito de fazer eu sair da academia sem receber acerto”, relata.

A justificativa para não mandá-lo embora seria porque a rescisão ficaria muito alta, cerca de R$ 7 mil, e o professor ‘não merecia aquele valor’, conforme a chefe. Por isso, esperaria até este mês para demiti-lo.

Além desses relatos, a vítima ainda afirma que recebia benefícios menores do que os outros professores. Ele também tinha que manipular a avaliação dos clientes e recebeu as fora do prazo legal.

*Atualizada às 17h20 para acréscimo de posicionamento.

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