Um mês após morte, acessório de Delinha é recordação que fãs mais pedem ao filho

Fãs pedem para comprar acessório de Delinha, mas filho avisa: ‘Não vou vender’

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Cantora possuía diversos xales, segundo o filho. Foto: Montagem/Jornal Midiamax

Um mês se passou e a voz sertaneja feminina, mais conhecida de Mato Grosso do Sul, deixou de ecoar e eternizou Delinha como a dama do rasqueado. Muitos fãs, no entanto, querem tocar ou ter recordações da cantora, apelando para o filho e, inclusive, já elegeram o acessório favorito: o xale.

Nos palcos, a cantora sempre estava de batom em tons terrosos, brincos, colares e um xale que, aliás, fazia parte da vestimenta. “É o que os fãs dela, as pessoas em geral, mais pedem para comprar. Só que eu não vou vender, são recordações da minha mãe e, por enquanto, vou deixar tudo exatamente do jeitinho que ela deixou”, afirmou ao MidiaMAIS o filho, João Paulo Pompeu.

Roupas da Delinha estão do mesmo jeito que ela deixou, segundo o filho. Foto: João Paulo Pompeu/Arquivo Pessoal

Conforme Pompeu, a mãe gostava muito de se arrumar para os fãs e exigia que todos fossem tratados com o maior respeito.

“As pessoas ligam pedindo para comprar algum acessório dela e, principalmente, os xales, já que ela gostava muito de usar e era algo que não faltava nos shows dela”, explicou.

Ainda conforme o filho, também foram inúmeras ligações que ele atendeu e o confortaram neste momento doloroso. “Atendo sempre todo mundo com o maior carinho. É algo que minha mãe fazia e aprendi com ela, principalmente vendo a maneira dela agir. Também respondi muitas mensagens na minha rede social”, argumentou.

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Logo após o falecimento da mãe, João Paulo também comentou que o poder público discutiu sobre a possibilidade de transformar em museu a casa de Delinha, onde ela viveu por cerca de 8 décadas. No entanto, ele ainda não se reuniu com ninguém e diz, neste momento, não estar nem com vontade de discutir esta questão.

Acessórios da cantora.
Foto: João Paulo Pompeu/Arquivo Pessoal

No decorrer dos dias e, principalmente, aos finais de semana, o filho da Delinha também relatou que a frente da casa está sendo visitada por muitas pessoas.

“Eu cheguei a ficar emocionado algumas vezes. Vi casais, passando de carro e aí mostram para o filho, falando: ‘Aqui morava a Delinha. Eu presenciei isso e fiquei emocionado e, ao mesmo tempo, feliz pela minha mãe. Outros passam, tiram fotos, outros pedem acessórios, principalmente o xale, como disse antes”, argumentou.

Projeto quer tornar dia 16 de junho o ‘dia estadual do Rasqueado’

Projeto de Lei quer instituir como o Dia Estadual do Rasqueado, a data de morte da cantora Delanira Pereira Gonçalves, conhecida como Delinha. A proposta quer instituir o dia 16 de junho como sendo uma homenagem e com intuito de torná-la um ícone da cultura sul-mato-grossense. 

Sheik, cachorro da Delinha, ficou dias aguardando por ela

Sheik era uma das paixões da cantora. Foto: Marcos Ermínio/Jornal Midiamax

Paixão da Delinha, o Sheik sentiu e ainda sente muito a falta da Delinha. Conforme o filho, ele passou dias entrando no carro, na hora do passeio, aguardando a chegada dela. Além disso, não queria se alimentar e estava aparentemente muito abatido.

“Eu tive que levá-lo ao veterinário, para fazer uma cauterização na patinha e foi o momento que aproveitei para ter uma conversa com ele, fui fazendo carinho, olhando nos olhos e explicando que a nossa mãe já não estava mais entre nós. Parece brincadeira isso, mas, ele entrava no carro e ficava procurando. Fui dizendo que agora ela mora no céu e isso acho que confortou um pouco ele. O Sheik não queria comer e só depois desta conversa é que foi comer um pouco”, comentou João Paulo.

Despedida da cantora

velório de delinha
Velório de Delinha será aberto ao público – Reprodução/Redes Sociais

Reverenciada e reconhecida, a artista era a Embaixadora da Cultura de MS e deixou sua marca em legado inestimável, presente na história dos sul-mato-grossenses. Ela faleceu em casa, no dia 16 de junho, aos 85 anos. O velório iniciou às 11h e se estendeu até às 16h, na Câmara Municipal de Campo Grande. Já o sepultamento ocorreu logo depois, no Cemitério Jardim da Paz.

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