De MS para o mundo: além da Netflix, filme ‘Madalena’ também está no catálogo da HBO Max e Mubi

O filme é distribuído no Brasil pela Vitrine Filmes, que faz essas vendas para os canais

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Filme 'Madalena'
Filme 'Madalena'

Produzido e gravado em Mato Grosso do Sul, o filme Madalena — que aborda a transfobia no interior do Estado — estreia oficialmente nesta quinta-feira (3) no catálogo da Netflix, uma das maiores empresas de streaming do mundo. Mas não para por aí, uma vez que o filme também vai entrar para as plataformas HBO Max e Mubi.

A informação foi confirmada pelo produtor de ‘Madalena’, Marcos Pieri. Ao Jornal Midiamax, ele contou como aconteceu o trâmite para que a produção audiovisual entrasse para as grandes empresas.

“O filme é distribuído no Brasil pela Vitrine Filmes, que é quem faz essas vendas para os canais, inclusive para a Netflix. O filme estreou em fevereiro de 2021, no Festival de Roterdão (na Holanda) e de grande prestígio no mundo todo, e passou por mais de 30 outros festivais ao redor do mundo”, comemora.

De acordo com Pieri, o filme está disponível em outras plataformas, como a Mubi e HBO Max, mas em outros países.

“Estamos muito felizes e animados com a entrada do filme no catálogo da Netflix, principalmente por saber do alcance que o filme terá, chegando para pessoas que talvez nunca pudessem assisti-lo”, comenta.

Expectativas de levar para a TV

Madalena tem conquistado tanto espaço, que agora a equipe pretende veicular o filme também em canais da TV fechada. Porém, enquanto isso, responsáveis garantem que o filme ficará por muitos anos na Netflix. “Dará bastante tempo pro pessoal assistir e reassistir”, diz o produtor.

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Com direção de Mediano Marcheti e atuação principal de Pamella Yule, o filme aborda a vivência transexual de uma maneira raramente vista nas produções brasileiras. O filme ganhou tanto destaque nos cenários nacional e internacional, que já foi selecionado para diversos festivais de cinema nos mais variados países, como Portugal, México, Estados Unidos e Ucrânia. Com a implementação da obra na Netflix, o cinema de Mato Grosso do Sul leva mais uma conquista para casa.

A protagonista Bianca é vivida pela atriz Pamella Yule, de Campo Grande. Ela já apareceu em outras reportagens do Midiamax para falar sobre ‘Madalena’ e, também, sobre como é ser uma mulher trans na sociedade atual. À equipe de reportagem, ela afirma que foi uma surpresa ver o filme no catálogo da Netflix.

“Foi super legal! Fiquei sabendo através de uma publicação num blog de assuntos LGBTQIA+, onde me marcaram, e eu fiquei sem reação na hora. Foi uma surpresa muito boa”, contou a atriz, que mora em Campo Grande. Assim, ‘Madalena’ estreia oficialmente na quinta-feira (3) no streaming. Quem quiser, já pode colocar o lembrete dentro da própria plataforma.

Filme Madalena

“Entre as vidas de Luziane, Cristiano e Bianca há pouca coisa em comum além do fato de viverem em uma pequena cidade cercada por plantações de soja no Centro-Oeste do Brasil. Embora não se conheçam, os três são afetados pelo desaparecimento de Madalena. Em partes diferentes da cidade, cada um deles encontra seu modo de responder a essa ausência”, diz a sinopse.

De acordo com o diretor Madiano Marcheti, o filme nasceu para refletir sobre questões específicas da sua região de origem, que ainda é pouco representada no cinema: norte do Mato Grosso, “uma região da fronteira agrícola brasileira que passou por muitas transformações nos últimos sessenta anos”, explica.

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Apesar dele ser do Estado “irmão” de Mato Grosso do Sul, o filme foi gravado em terras sul-mato-grossenses, nas cidades de Dourados, Bonito e Maracaju. 

Dessa forma, o filme conta a história das transformações que aconteceram nesses lugares, mas tendo o universo trans como fio condutor da narrativa. “A ideia era refletir sobre as dinâmicas sociais específicas da minha região, ao mesmo tempo em que focava nas formas como elas impactam a vida das pessoas, especialmente daquelas que, em geral, são colocadas às margens, cuja própria existência é vista como uma afronta ao que é considerado ‘padrão’ para parte da sociedade”, fala o diretor.

 

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