Aos 10 anos, Ana Laura tinge o cabelo na pandemia e revela o que a quarentena lhe trouxe de bom: ‘nada’

Sinceridade é tudo: uma marca registrada das crianças

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Fase de descobertas, a pandemia também aflora nas pessoas novos desejos, novos anseios, novas perspectivas. E não só para os adultos… os mais novos também estão propensos a inovarem e executarem ideias antes nunca pensadas.

É o caso da pequena (nem tão pequena assim) Ana Laura. Aos 10 anos de idade, a aquidauanense decidiu tingir o cabelo na cor verde água durante a quarentena.

Ela, que mora com os pais em Anastácio, cidade a 120 km distante de Campo Grande, contou ao Jornal Midiamax que a ideia surgiu na pandemia. “Via vídeos, as influencers fazendo e aí deu vontade. Eu gosto dessa cor, acho muito bonita. Gostei bastante do resultado. Nunca tinha pensado nisso antes”, disse a jovem.

Mas não foi tão fácil assim. Persistente e decidida, a menina precisou insistir para os pais apoiarem a mudança radical sendo ela ainda tão nova. “Ficaram com medo de eu me arrepender, de eu não gostar”, relatou Ana Laura. “Me venceu na canseira”, conta a mãe Roberta de Lima aos risos.

Estilosa e corajosa, a menina não se importou com o que os outros iriam pensar, e após o aval dos responsáveis, colocou a vontade aparecida na pandemia em prática.

O novo estilo de Ana (Arquivo pessoal)

“Tô me sentindo outra pessoa… tenho visto alguns amigos mais próximos. Quando encontrei eles, ficaram em choque, mas gostaram. Falei que ia pintar, mas eles não acreditaram. Quando viram, falaram ‘ela pintou mesmo, ficou legal’”, compartilha Ana com a reportagem.

Rotina, sonhos e medos

Com a diminuição dos compromissos fora de casa, Ana Laura comemora o fato de estar “podendo acordar e dormir tarde”. Tímida, ela revela que antes da pandemia, costumava acordar por volta das 8h da manhã e agora tem se levantado depois das 10h.

Este é um hábito que não leva apenas as crianças a comemorarem quando podem fazê-lo. Adultos também celebram não precisar ter hora para dormir e se levantar. 

Perguntamos a ela o que a pandemia lhe trouxe de bom. Pensativa, em silêncio, Ana demorou um pouquinho mas respondeu “huumm… acho que nada”. Sinceridade é tudo!

Ela conta que o que mais sente falta é de brincar com as amigas, andar na rua, ir na casa das pessoas e diz que tem passado mais tempo com o pai e com a mãe, conversando, vendo filmes.

Sobre o maior medo? Ser contaminada! “Quero que tudo volte à normalidade, porque eu quero viajar, quero ir pra balneário, ir pro shopping”, desabafa a garota que antes vinha até a Capital com maior frequência acompanhada dos pais. Juntos, eles sempre passeavam por Campo Grande. A pandemia praticamente extingiu esse hábito da família e a pequena está sentido falta.

Apesar de já ter voltado a frequentar a escola e visitar alguns amigos, Ana tem brincado muito em casa, seja sozinha, com a mãe ou com o pai. Moderna ao pintar o cabelo aos 10 anos de idade, a pequena ainda cultiva alguns costumes ‘de raiz’. Dia desses, a menina foi fotografada pelo pai enquanto brincava de restaurante na calçada de casa.

Costumes atravessam gerações (Arquivo pessoal)

Nascida em 2010 e com o futuro todo pela frente, Ana Laura tem muito a ensinar e aprender com esse misto de gerações. Novos comportamentos vêm, mas alguns são perpetuados pelo tempo, e se saudáveis, nunca deixam de existir.

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