Com a chegada da pandemia do novo coronavírus, idosos precisaram receber mais cuidados e atenção, por fazerem parte do do . Com isso, o Poder Público suspendeu as visitas em asilos do Estado, o que acabou mudando a rotina dos abrigos e trazendo um pouco de solidão, saudade de abraços e da família.

Conforme o , o local tinha frequência em receber, além de familiares, voluntários que alegravam os idosos. Com a suspensão de visitas, o contato passou a ser virtual. O voluntariado passou a fazer ligações por plataformas onlines, como tentativa de minimizar a carga emocional e enviar um “abraço virtual”.

Sem receber visitas, idosos sentem saudade de abraços e da família durante pandemia
(Foto: Divulgação)

“Eles sentem (solidão), porque tinham muita visita, hoje já não tem mais porque não pode entrar ninguém, nem terceiros na instituição. Eles têm os cuidadores, os profissionais que trabalham diretamente com eles na parte de afeto, e que dão conta de tudo. Nós tínhamos muitos voluntários, mas o atual momento pede isso, que suspenda o voluntariado. A gente está tratando como algo desafiador. Os voluntários são importantes em diversas formas, e que também estão nos ajudando virtualmente, não deixamos de ter o contato”, explica Joyce Zanni, da equipe de marketing do asilo.

Ela conta que as famílias também tem sentido falta dos abraços e estão entrando em contato por meios virtuais. “Aqueles que não podem visitar, a maioria é família, estão entrando em contato virtualmente, principalmente por meio da assistente social e da pedagoga que desenvolve essa atividade mais específica diretamente com os idosos da instituição”, disse.

Segundo a superintendente Executiva do asilo, Cleopatra Shamah, eles foram levados a refletir e se adaptar para não colocar em risco a vida dos idosos. A administração teve que adotar medidas de isolamento e se distanciarem da sociedade. O Asilo São João Bosco acolhe cerca de 70 idosos, e conta com doação de alimentos e produtos de higiene. Para ser um doador clique aqui.

No Lar de Idosos Casa de Luz, é uma casa de acolhimento particular, e a diretora e proprietária explica que alguns filhos chegaram a disponibilizar computadores para que fizessem vídeochamadas.

“A sociedade tende a entender que um asilo é solitário, mas aqui eles recebem o suporte necessário. Nesse momento de pandemia, nossos cuidadores redobraram os cuidados. Alguns filhos ou parentes já ligavam com frequência, mas atualmente ligam todos os dias para saber como estão. Eles sentem falta, nós explicamos que isso logo passará, e damos o carinho que exigem”, explica.

Em Mato Grosso do Sul, registrou 2 mortes em asilos e 10 pessoas contaminadas pela doença. Alunos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), em parceria com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), irão visitar cerca de 600 casas de repouso para realizar o teste rápido de Covid-19, nos próximos dias.