O segundo domingo de maio é a data escolhida para celebrar e homenagear as mães de todo o país, mas para alguns, a data é motivo de saudade. Neste ano, o cemitério Santo Amaro foi abrigo para aqueles que querem sentir a presença de quem um dia já esteve tão próximo.

Na capela municipal de Campo Grande, o tempo ameno não foi motivo para desistência de quem buscava homenagear a mãe ou a figura materna mais próxima.

Foto:Matheus Aranda
Foto:Matheus Aranda

“Levantei meio chorona. Pra mim é um dia muito especial, trouxe uma flor pra homenagear minha mãezinha, que partiu já tem 10 anos. Graças a Deus eu dei muito valor a ela enquanto era viva, pois só quem já perdeu a mãe, sabe a dor que é”, declarou emocionada, a aposentada Maria Sandin, de 67 anos.

Em meio a um cemitério pouco movimentado, a presença de idosos foi notória, alguns até indignados com movimento abaixo do esperado no local.

Foto:Matheus Aranda
Foto:Matheus Aranda

“Eu vim para homenagear minha avó, minhas duas irmãs e minha tia, fiquei impressionado com o pouco movimento aqui hoje, as pessoas só vêm no dia enterro, depois esquecem, é o que dá pra notar” disse Valdinei Fernandes, de 49 anos, motorista da Uber.

A tradição de comemorar o dia das mães veio dos gregos, eles celebravam no início da primavera, a mãe de todos os deuses, deusa Rhea, com homenagens, cultos e presentes. No Brasil, a oficialização do dia das mães como o segundo domingo de maio, foi realizada em 5 de maio de 1932, por meio de um decreto-lei estabelecido por Getúlio Vargas.

A saudade é algo irreparável e muito presente. Afinal, existem 67 milhões de mães, segundo pesquisa do Instituto Data Popular realizada em 2015. Dessas, 31% são mães solteiras.

“A saudade é eterna, mas infelizmente a única certeza que temos é a morte. Minha mãe, tia e mulher já se foram, todas elas foram de grande importância na minha vida. Passei fome e aprendi no mundo, tudo aquilo que minha mãe falava” acrescentou o aposentado Edmundo Belo, de 72 anos.