Depois de 50 mil km, a certeza: o mundo não é ruim como mostram os jornais
Martina percorre a América Latina em uma bicicleta há 5 anos
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Martina percorre a América Latina em uma bicicleta há 5 anos
Há cinco anos ela pedala pela América. Pelos seus cálculos, mais de 50 mil quilômetros foram percorridos. Da Argentina ao Alasca nos EUA, foram duas idas e duas voltas, muitos amigos pelo caminho e uma certeza: o mundo é muito melhor do que aquele que lia nos jornais suíços.
Aos 33 anos, a designer gráfica Martina Gees, topou o desafio de viajar pela América. A proposta foi feita pelo então namorado e como a vida na Suíça já não lhe agradava muito, não foi nada difícil tomar a decisão. Com as economias que tinha e a paixão pela bicicleta, partiu rumo ao Alasca com o companheiro. Mas a companhia durou pouco. Em alguns meses, ele desistiu da empreitada e Martina seguiu só. Tinha se descoberto.
Em Campo Grande há duas semanas, Martina nos recebeu na casa de uma amiga que conheceu por intermédio de outro viajante. Aliás, é na casa de amigos que faz pelo caminho que Martina vai de cidade em cidade. “Encontro muitas pessoas boas. Ao contrário do que é dito nos jornais, as pessoas são muito boas e receptivas. Sem os amigos que fiz, não seria possível continuar”, nos explica em ‘portunhol’.
Pois bem, depois da partida do antigo companheiro, Martina ainda encontrou duas pessoas para ter na companhia, uma delas não tão boa, como diz. “Mudei a rota, estava chegando à América do Sul e me convidaram para voltar ao Alasca outra vez, eu topei. Mas a pessoa me deixou no meio do caminho”, conta.
O que era para ser uma viagem, uma fuga da rotina estressante de trabalho e busca diária por dinheiro na Suíça, se transformou na vida de Martina
“Para mim não é mais viagem. É como vivo. As pessoas têm muitas formas de viver, eu encontrei a minha.”Pelo caminho, além de pequenos trabalhos com ilustração gráfica, Martina vende sua arte que demonstra um pouquinho de sua paixão pela única companheira de viagem que restou: a bicicleta. “Eu sempre fui apaixonada por bicicleta. Nunca tive carro. Sempre pedalei, é algo muito natural para mim”.
Depois de Campo Grande, ela segue para a Bahia, onde não deve permanecer muitos dias e depois encerra a jornada no Rio de Janeiro. Depois de cinco anos viajando, está certa de que conhece pouco da América e de que precisaria de muitos outros anos para, de fato, conhecer o continente. Mas é preciso seguir.
Quando a pergunto sobre o que a motivou a permanecer cinco anos pedalando pela América, Martina responde que no início foram as paisagens. A vontade de conhecer. Mas depois, foram as pessoas e a oportunidade de quebrar todos os rótulos e preconceitos que nos cercam.
“Existe uma imagem dos países, das pessoas. O México e a Colômbia foram os que mais ouvi falar mal, sobre a violência e os perigos. Mas não há nada disso. Pelo contrário, só encontrei pessoas boas”, explica.
Para ela, mais que conhecer e ver outras paisagens, é o poder de mudar a visão sobre as coisas e perceber a dimensão do mundo que a fizeram seguir por tanto tempo. Agora, prestes a voltar ao seu país, Martina não parece muito empolgada. “Preciso voltar. Trabalhar por um ou dois anos. Mas a vida na Suíça não é boa. É fechada. Só se pensa em dinheiro”, lamenta.
Para tornar o retorno menos impactante, Martina já tem um plano. Fará pequenas viagens de bicicleta pela Europa. “Vou visitar meus amigos e conhecer algumas coisas por lá.”. Mas a meta é outra. Depois de juntar o dinheiro suficiente, Martina tem outro destino: a Ásia. “Não sei se existe essa frase aqui, mas na Suíça dizemos que viajar abre os olhos, a mente. E é isso”, define.
*Todas as fotos são do arquivo pessoal de Martina. Mais imagens da viagem estão em seu blog
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