‘Se for constatado, responsáveis por atestados têm de ser punidos’, diz representante
Secretário de Saúde da Capital reuniu-se com pessoal da área nesta quarta
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“Sempre soubemos de atestados, mas não tínhamos como provar. E somos a favor que sejam punidos, mas a grande questão é como provar”, disse nesta quarta-feira (14) a coordenadora do FET (Fórum Estadual dos Trabalhadores em Saúde), Silmara Teixeira Peres Confortini, após denúncia de que, só em dezembro último, mais da metade das justificativas de ausência de funcionários da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) seria falso.
Segundo Silmara, ainda que o servidor seja obrigado a submeter o atestado a uma checagem, feita por uma junta médica, pode haver fraude. “Mesmo com este sistema, que já existia, podem ocorrer injustiças, já que não vai garantir que o servidor realmente doente tenha seu atestado validado e o servidor que não precise passe pela junta.”, analisa a coordenadora do FET.
A coordenadora do FET saiu em defesa dos servidores. Segundo ela, há sobrecarga sofrida por funcionários, principalmente aqueles que substituem os doentes, resultando em superlotação das unidades de saúde.
Já a coordenadora do Conselho Municipal de Saúde, Ivone de Souza Coelho, evitou comentar as denúncias da ‘farra dos atestados’. Limitou-se a explicar que o Estatudo do Servidor já define critérios para a apresentação de atestados médicos.
Tanto Silmara quanto Ivone participaram, na manhã desta quarta-feira, de reunião com o secretário municipal de Saúde, Jamal Salém, com representantes de vários setores da saúde pública municipal. Ele, por sua vez, reiterou que os servidores da saúde agora terão de apresentar, em no máximo 48 horas, o atestado médico não mais para o superior, como rege o estatuto, mas sim para o setor de recursos humanos da Sesau e passar pela junta médica para a validação do documento.
A ‘farra dos atestados’ foi revelada na terça-feira (13) pelo chefe da Sesau. Somente em dezembro, segundo ele, de 820 justificativas apresentadas, ao menos a metade era falsa, incluindo entre os falsários médicos e enfermeiros.
Ao revelar o caso, Jamal disse ter idenficado casos de servidores postando, em redes sociais, fotos na praia, enquanto faltavam ao trabalho acautelados por atestados de saúde. O caso também está nas mãos do MPE (Ministério Público Estadual).
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