Fundo do baú: Feira de Antiguidades no Centro atrai campo-grandenses

A feira ocorre na Praça Ary Coelho das 9 às 16 horas todo segundo domingo do mês

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A feira ocorre na Praça Ary Coelho das 9 às 16 horas todo segundo domingo do mês

Ventiladores dos anos 50, calculadora que só faz soma e subtração, moedas de 1698 e cédulas que compravam até fazendas são algumas das atrações da segunda edição da Feira de Antiguidades de Campo Grande, que ocorre todo 2º domingo do mês, na Praça Ary Coelho, das 9 às 16 horas.

De acordo com a Associação de Antiguidades e Coleções de Mato Grosso do Sul, a edição deste domingo (8) atraiu um público mais modesto, em relação à edição de janeiro, mas o movimento é satisfatório.

Segundo o expositor Erich Pontes, o objeto mais antigo comercializado por ele é um ventilador da década de 50. Em vista da raridade, o objeto custa R$ 200. “Ele funciona, faz vento sim”, garante.

Já o expositor André de Barros, comercializa um objeto bastante curioso para os dias atuais. Trata-se de uma calculadora, datada de 1965, que somente faz somas e subtrações. A máquina só tem as teclas dos numerais e outras três com setas em cima – que servem para fazer os cálculos. Quem quiser levar a raridade para casa deve desembolsar R$ 120.

Desta forma, o ex-bancário, que trabalhou no Banco Mercatil do Brasil entre 1977 e 1987, Aderson Lisboa, explica que antigamente os funcionários tinham que se virar com a tecnologia disponível. “Quando entrei no banco usava uma destas. Ainda lembro como se usa, pois tenho três destas em minha casa. Gosto de colecionar coisas antigas”, diz.

Já o funcionário público Rivail Madureira, de 52 anos, mostra com orgulho as moedas e cédulas antigas colecionadas por ele. “Tenho moedas de 1698, de prata, da época do Brasil Colônia. Devem estar custando R$ 400”, explica.

Outra curiosidade de Madureira é a cédula um conto de reis, de 1923, época da República Velha, fase posterior ao Império. Com três exemplares era possível comprar uma fazenda. “Antigamente o nosso dinheiro valia muito, não é como hoje que não compramos nem uma bicicleta”, acentua.

Ademais, a feira conta com dezenas de barracas que comercializam os mais variados e curiosos objetos. Também podem ser encontrados copos, taças e talheres, brasileiros ou importados, todos raros e antigos. Além disso, há muitos discos de vinil, máquinas de escrever, máquinas fotográficas e brinquedos antigos.

Por fim, o aposentado Zózimo Gonçalves, de 74 anos, afirma que sempre vai à feira pois gosta muito de antiguidades. “Cada um gosta de um objeto específico. Eu, particularmente, adoro os projetores de filmes antigos, todavia, na hora de assistir um filme eu acabo usando o moderno aparelho de DVD”, revela.

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