Suspeita de ebola no Brasil coloca autoridades de MS em alerta; preocupação é com fronteira

Depois que um africano suspeito de estar infectado com o vírus ebola entrou no Brasil por meio da fronteira com a Argentina, autoridades sul-mato-grossenses admitem riscos, em virtude da fronteira com o Paraguai e a Bolívia, mas afirmam que Mato Grosso do Sul tem equipamento necessário para lidar com a doença. De acordo com a diretora […]

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Depois que um africano suspeito de estar infectado com o vírus ebola entrou no Brasil por meio da fronteira com a Argentina, autoridades sul-mato-grossenses admitem riscos, em virtude da fronteira com o Paraguai e a Bolívia, mas afirmam que Mato Grosso do Sul tem equipamento necessário para lidar com a doença.

De acordo com a diretora de vigilância sanitária da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Bernadete Lewandovisk, a grande faixa de fronteira com a Bolívia e com o Paraguai merece atenção especial. “Nossos países vizinhos trazem um certo risco para nós, mas estamos preparados, pois temos um convênio com a Marinha de Corumbá, com o Exército e com a Polícia Federal a fim de fiscalizar a entrada de estrangeiros”, explica.

Bernadete diz que Campo Grande e mais oito municípios do Estado contam com uma unidade de isolamento para eventuais suspeitas de infecção pelo ebola. “Caso apareça uma suspeita por aqui, o doente será levado para essas unidades de isolamento e não para os hospitais”, diz. Os outros municípios que contam com essa estrutura são: Bela Vista; Bonito; Corumbá; Dourados; Mundo Novo; Ponta Porã; Porto Murtinho e Três Lagoas.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Antônio Lastória, todos os Estados do Brasil estão se preparando com base no plano de contingência do com o Ministério da Saúde. “Da mesma forma que aconteceu no Paraná, se acontecer aqui, será isolado e manejado”, afirmou.

Lastória informou que todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul estão sob aviso e os 32 que fazem fronteira com o Estado também. O secretário falou da doença como  novidade mundial e que ainda há pouca informação sobre tratamentos. “É uma novidade para o mundo e se for confirmado será o primeiro caso no Brasil, mas estamos preparados para o manejo do paciente não vamos entrar no mérito de tratamento porque é novo no mundo todo, mas estamos preparados”, ressaltou.

O secretário informou ainda que os exames de pacientes com suspeita da doença serão enviados para os laboratórios de referência, tudo com total isolamento e o caso no Paraná parece ter causado um alerta. “É como se fosse um cofre, o frasco é de plástico para não ter como quebrar, em termos de equipamento e capacitação todos nós estamos preparado. Esse caso parece ser um pouco mais concreto”, disse.

O Ministério da Saúde realiza toda quinta-feira uma reunião em vídeo conferência com o secretário nacional de vigilância em saúde, Jarbas Barbosa da Silva Junior, e todos os secretários de saúde dos Estados brasileiros. Nas reuniões o Ministério vem orientando como os Estados devem atuar em casos suspeitos. “Plano está pronto, mas rezamos para que isso não aconteça”, concluiu o secretário.

Procedimento em caso de suspeita em MS

De acordo com Lewandoviski, se houver alguma suspeita nas cidades do interior os pacientes serão isolados e trazidos para Campo Grande. “Chegando na Capital, uma equipe do Ministério da Saúde levará o paciente para o Rio de Janeiro, onde fica a central de tratamento”, diz.

Suspeita de 1º caso no Brasil

Um homem que veio de Guiné, na África, desembarcou na Argentina e atravessou a fronteira com o Paraná. Ele foi isolado em Cascavel, pois apresentava febre. Em seguida foi encaminhado para o Rio de Janeiro, onde há o Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

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