Sem ação imediata da prefeitura, Obelisco será novamente pintado por voluntários

O Obelisco, localizado na avenida Afonso Pena, região central de Campo Grande, dependerá novamente da população para ser pintado. O monumento apareceu novamente pichado nesta semana pela inscrição “Xarada”. O psicólogo, Ronilço Guerreiro, é um dos voluntários e afirma que está será a sexta vez que ele pinta o monumento. “Neste sábado ele já estará […]

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O Obelisco, localizado na avenida Afonso Pena, região central de Campo Grande, dependerá novamente da população para ser pintado. O monumento apareceu novamente pichado nesta semana pela inscrição “Xarada”. O psicólogo, Ronilço Guerreiro, é um dos voluntários e afirma que está será a sexta vez que ele pinta o monumento. “Neste sábado ele já estará restaurado”, garante.

Com tintas conseguidas por meio de doação de uma loja, Ronilço junta uma turma de colegas e amigos para o mutirão. “A gente acredita que a cidade precisa de carinho”, afirma. Segundo ele, o grupo também tem a intenção de praticar a mesma ação na Orla Morena, no bairro Cabreúva, região central da capital.

Apesar da iniciativa, o psicólogo critica a falta de políticas públicas para a manutenção dos patrimônios públicos e para o combate a pichação. “Eu acredito que isto ocorre pela falta opção de lazer nos bairros. Eu sou a favor da arte de rua, do grafite, mas sou contra o vandalismo”, afirma.

Ronilço também critica a falta de medidas mais eficazes por parte de Guarda Municipal. “Falta um serviço de inteligência”, explica. Além disto, ele relata que os guardas tentaram impedir a realização da última manutenção feita no Obelisco, no dia 27 de janeiro.

“Xarada?”

A inscrição “xarada?” e os diversos pontos de interrogação verdes apareceram por diversos prédios do centro de Campo Grande. Além do Obelisco, a Morada dos Baís, o Paço Municipal, lojas e bancas foram alvo da ação. O caso está sob investigação da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat).

De acordo com o delegado titular da Decat, Antônio Silvano Mota, uma linha de investigação está em andamento e a principal hipótese é que o ato seja praticado em grupo. A pichação é enquadrado na Lei de Crimes Ambientais (lei 9605/98). O artigo 65 estabelece detenção de três meses a um ano de prisão e multa. Para os casos de monumentos tombados por seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena mínima é de seis meses.

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